- Sou jornalista. Eu só queria saber o que é esse quadro.
Weyland olhou para Eva e, depois, para o quadro. - Obviamente, é um retrato. Pode ser de qualquer um. Fizeram-se muitos
retratos no século. - Então, o senhor acha que foi pintado no século XIX?
Weyland examinou detidamente o quadro. - É, acho que sim. Talvez em fins do século XVIII.
- Não consegue me dizer mais nada?
- É um óleo.
- Pode ser roubado? Uma falsificação? Quem é o homem do quadro?
- Não faço a mínima ideia.
Eva suspirou. O historiador olhava fixamente para ela. - Sabe com quem você deveria falar?
- Não.
- Você veio ao departamento errado – disse ele, e saiu do escritório com a cópia
na mão.
Eva o seguiu pelos corredores desertos, passando por salas de aula das quais os
estudantes tinham saído fazia tempo.
- Você escreve onde? – perguntou o historiador, e diminuiu um pouquinho o
passo, para que Eva se pusesse a seu lado. - Para o Berlingske.
- Sobre cultura?
- Negócios – apressou-se Eva a dizer.
- Não estou entendendo.
- Estou investigando um caso de fraude.
- Ah! – Ele olhou para ela com interesse renovado. – Vamos ouvir o que os cê-