totalmente dela. Veio-lhe um pensamento: se tivessem querido matá-la, já o teriam
feito fazia tempo. Eva prestou atenção e os ouviu esvaziarem sobre a mesa o
conteúdo de sua bolsa. Reviraram tranquilamente os objetos pessoais de Eva.
Depois um começou a revistar a sala, pois Eva ouviu um par de pés andarem por ali.
Onde estava o outro? Talvez tivesse subido ao andar de cima, ao quarto. Talvez
fossem simples ladrões ou estivessem procurando algo específico. Talvez
pretendessem apenas afanar um pouco antes de violá-la, como faziam os
mercenários de antigamente. Só que Eva não tinha inimigos, e não havia quem
quisesse começar uma guerra contra ela, que nunca tinha prejudicado ninguém.
Ninguém exceto a dama de companhia.
O outro voltou. Eva tentou virar a cabeça para ouvir melhor. Cochichavam?
Teria mesmo ouvido um “não” antes de terem retomado a busca? Sim, estavam
procurando alguma coisa específica, não dinheiro apenas; disso tinha certeza. Um
carro passou na rua. O barulho os fez pararem durante alguns segundos. A sala
estava mergulhada num silêncio profundo. Então ela ouviu um deles abrir e fechar
os armários da cozinha com toda a calma. O que tinha ficado na sala se aproximou
de Eva. Ela sentia sua presença. Tinha chegado a hora de violá-la? E depois a
matariam. Ela subiria para o mesmo lugar onde estava Martin, embora Eva não
acreditasse nessas coisas. O homem se ajoelhou e deixou alguma coisa na mesa de
centro, talvez uma arma. Baixou um pouco mais as calças de Eva. Apalpou os
bolsos, tanto da frente quanto de trás, mais uma vez com movimentos pausados,
sem pânico nenhum. Tampouco achou ali o que procurava. Continuou ajoelhado
ao lado de Eva. Ela sentiu que ele a olhava. Depois sentiu o toque. Primeiro ele lhe
acariciou de leve a testa, com o dedo médio; depois correu a mão pela coxa de Eva.
Estava prestes a acontecer. A respiração de Eva acelerou, ela começou a chorar; quis
libertar-se, mas, toda vez que se mexia um pouco, a cordinha apertava um tanto o
pescoço. Continuava sentindo a mão dele na coxa. A mão roçou a calcinha, perto
da genitália; depois, com um só dedo, traçou alguns círculos em seu sexo. O homem
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1