- Bater em você?
- Ou me empurrou. É, ele me empurrou. Me deu um encontrão no ombro.
- E você não tinha dito alguma coisa para ele?
- Desculpe-me, Anna – Kamilla deu um passo à frente –, mas o que você quer
dizer com isso? O que eu poderia ter dito que justificasse a violência?
Anna pareceu vacilar um instante, mas se refez de imediato. Ouviram-se sirenes
ao longe. - Parece que a polícia vem vindo – disse Kamilla.
Anna ficou pensando. Depois olhou para Eva. - Que tal se você ficar aqui enquanto vou falar com a polícia? – perguntou-lhe.
Houve constrangimento até que Eva enfim entendeu que Anna acabava de se
dirigir a ela. - Não se preocupe, o Kasper também vai estar aqui. Assim você o ajuda um
pouco; que tal? E já aproveita para conhecer os pequenos.
A subdiretora olhou ao redor. Kasper continuava sem aparecer. - Sim, claro – respondeu Eva.
- Eu mesma costumo dar uma mãozinha nesse tipo de situação.
Anna se viu interrompida por gritos de júbilo que vinham do corredor. A polícia
acabava de chegar, e algumas crianças tinham se juntado na janela que dava para a
rua. - Logo mais vamos à cozinha – disse a subdiretora.
- OK.
- E sei que as nossas boas-vindas estão sendo um pouco duras. Pode me chamar se
acontecer alguma coisa. Meu número está nesta agenda.
Aproximou-se de uma escrivaninha ao lado da porta. Eva a seguiu. - É aqui que os pais devem registrar os pequenos, tanto na entrada quanto na
saída, indicando a hora. Se quiserem, podem também deixar recados curtinhos. Por
exemplo, se é a avó quem vem pegar hoje, ou se o filho pode ir para casa com o pai
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1