- Declaração absolutamente anônima? Nada de colocar o meu nome, em lugar
nenhum? - Dou a minha palavra.
Hans Jørgen Hansen hesitou. Ficou olhando para ela. Ponderou se apenas a
palavra de Eva bastava. - Não me deram quase tempo nenhum.
- Do que você está falando?
- Logo depois que trouxeram o corpo, a irmã apareceu com alguém.
- E isso costuma acontecer? Os familiares aparecem assim, sem mais nem menos,
no Departamento de Medicina Legal? - Na verdade, não.
- Acontece com que frequência?
- Mais ou menos nunca.
- E o que aconteceu então?
- A polícia também veio.
- À... à sala de autópsia?
- Nós chamamos de sala de dissecação. Não. Eu me reuni com eles no meu
escritório. A polícia disse que já era caso encerrado. - Quem da polícia?
Ele deu de ombros. - Juncker? – perguntou Eva. – Jens Juncker?
- É, esse aí.
- E o que aconteceu? O que ele disse?
- Queriam que o corpo fosse liberado quanto antes. Era a vontade da família.
Porém, fiz o meu trabalho. Não me impediram, mas... - Mas?
Hans Jørgen Hansen pensou. - É possível que tenha havido certa pressão subjacente. E depois o celular dele
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1