celular no apartamento dele. Logo depois...
- Ele morreu – disse o legista, que já era um homem de meia-idade.
- Você soube?
- Eu fiz a autópsia. A polícia disse que tinha sido coisa de gangue. De alguém que
queria se vingar de algo que ele tinha publicado. - É possível. O caso do Rico com as gangues de motoqueiros já faz vários anos.
Você já sabe o que eu penso. - Enlighten me – disse, com sotaque de classe alta inglesa. “Explique-me.”
- O que é mais provável? Que o Rico morreu porque escrevia sobre motoqueiros?
Ou porque tentou desbloquear o celular da dama de companhia? Na mesma noite
em que dei o aparelho para ele, dois homens entraram na minha casa e me fizeram
isto.
Eva afastou o lenço do pescoço. O médico, sem mexer nem um centímetro sequer
a cabeça, passeou com o olhar pelas marcas. - Eles me amarraram – disse Eva. – Vasculharam minha casa toda.
O legista se aproximou. - Talvez não devêssemos ficar conversando aqui. Você veio de carro?