- Estamos juntas nisto.
- Não. – Claudia deu uma risada falsa. – Não estamos juntas, não. Eu já levei a
pior. - Eu também. Meu noivo morreu. Mataram um velho amigo meu. Brix e você
eram o quê?
Claudia hesitou. - Nós dois nos conhecíamos desde crianças. A família dele tinha casa aqui. A
gente costumava brincar juntos. - Namoro de infância?
- É. Amore. Sempre fomos parte da vida um do outro.
- Amore? Por isso ele queria se divorciar?
Claudia assentiu com a cabeça. - E foi você que ele veio visitar antes de morrer?
- Foi.
- Depois disso, por que foi que ele telefonou?
- Para dizer que me amava, mas que estava com medo.
- Medo de quê? – Silêncio. Eva tentou de outro jeito. – Você trabalha no hotel?
- O hotel é meu, mas eles estão sempre lá. E a minha casa é vigiada vinte e quatro
horas por dia. O meu celular está grampeado. Eles controlam todo rastro eletrônico
que deixo. - Eles quem? Os que mataram Brix? Você os conhece?
Eva poderia ter continuado perguntando, sem parar. Tinha centenas de
perguntas para fazer e vontade de fazê-las todas de uma vez.
Claudia tornou a dar a partida. - Agora vamos para Roma. Você não pode ficar aqui. No caminho a gente
conversa. Mas, antes de mais nada, responda uma coisa: quem é você?
- Não. – Claudia deu uma risada falsa. – Não estamos juntas, não. Eu já levei a
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1