DIÁLOGOS
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do 3º ano do ensino médio, diagnosticado com transtor-
no de ansiedade, procura a Orientação para conversar.
— Bom dia, marquei a reunião porque eu e minha es-
posa estamos preocupados demais com a situação de
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rações e não conseguiu passar em nenhuma delas. Pa-
gamos aulas particulares e mesmo assim ele não recu-
perou. Estamos muito tensos em casa.
— Entendo a preocupação. Neste “Estamos muito
tensos em casa”, vocês incluem o Leonardo?
— Agora que já saíram as notas, ele está mais tran-
quilo ou conformado. Mas eu e, principalmente, minha
esposa estamos muito nervosos. Estamos receosos de
que ele não aprove neste ano.
— Creio que não seja o caso. Leonardo não estudou
muito neste início de ano. Os professores consideraram-
-no apático, praticamente não fez as lições em física e
matemática e não frequentou as aulas de reforço nessas
disciplinas. Mal tirou dúvidas em classe e perdeu algumas
aulas porque não trazia consigo o material adequado.
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bou se desorganizando. Leonardo, como vocês sabem,
é ansioso demais.
— Sim, mas talvez, por ser ansioso, ele deveria canali-
zar a ansiedade na preparação antecipada para as aulas,
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que mais bem preparado para elas. Organização e pre-
paração prévia são um bom antídoto para nervosismo.
— Ele diz que o professor de física é muito rígido na
correção das provas.
— Rígido ou rigoroso?
— Tanto faz. Há diferença?
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xibilidade. Já o rigor está atrelado a atenção aos crité-
rios estipulados.
— Ele alega que só porque se esqueceu da unidade
de medida na resposta da prova o professor desconsi-
derou o resultado e descontou parte da questão. Com
isso ele não conseguiu recuperar a nota por completo.
— Parece-me que Leonardo obteve cinco em física
e necessitava de sete para recuperar. Houve desconto
total de 0,7 por esquecimento das unidades de medida
em uma prova que pedia para ele exatamente qual seria
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contou o que era imprescindível.
— Entendo. Mas se não descontasse...
— (Leonardo chegando para reunião) Olá, Leonardo,
sente-se, por favor. Querido, explique-me uma coisa.
Você está muito nervoso com sua não aprovação no
primeiro trimestre?
— Estou mais chateado, porque deveria ter estuda-
do mais.
— E por que não estudou? No entanto, você conse-
guiu seis em Matemática e cinco em Física na recupe-
ração. Se houvesse obtido essas notas no primeiro tri-
mestre teria aprovado, não? O que houve neste período
de recuperação de diferente?
— No primeiro trimestre não me dediquei muito aos
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game ou saía com os amigos. Na recuperação eu me
esforcei mais.
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quando chegavam as provas?
— Sim, vacilei mesmo.
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provas dessas disciplinas?
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— Vi que suas menções são boas nelas e não deixou de
entregar atividades, lições e sempre trouxe o material.
Mas em matemática e física já não acontece o mesmo.
— No segundo trimestre vou estudar mais, fazer as
lições e me preparar melhor para as provas. Vou conse-
guir recuperar, já que agora só necessito de seis.
— Isso mesmo, Leonardo. E mostre à sua mãe e ao
seu pai como você vai se organizar e recuperar es-
sas notas. Assim você os acalma e também se acalma.
Transforme sua ansiedade em prevenção. Se precisar
de orientações para estratégias de estudos e para apla-
car a ansiedade, conte comigo.
— Obrigado, farei isso.
Na orientação educacional