GESTÃO
mos três anos, a empresa precisou expandir o quadro
de funcionários e, com isso, repensar algumas práti-
cas, como a forma de avaliação. “Vimos que os mo-
delos tradicionais já não funcionavam tão bem para a
empresa. Não podíamos esperar um ano para avaliar
o time”, explica Renata Domingues, responsável pelo
talent acquisition da Docket.
A startup passou a usar uma plataforma digital que
permite realizar avaliações em tempo real, desen-
volver equipes e gerenciar os níveis de engajamento.
“Conseguimos reunir todos os dados dos colaborado-
res e, agora, é possível pedir e dar feedbacks a qualquer
momento. Além disso, temos um termômetro de enga-
jamento para medir o humor dos times”, conta Renata.
A partir disso, as avaliações foram estruturadas de
três formas. “Realizamos uma quinzenal, com um ba-
te-papo mais informal dos líderes com o time, para in-
centivar o diálogo contínuo e criar confiança. Temos
também os feedbacks mensais e, por fim, os comitês
com avaliações trimestrais, que trazem uma visão
mais 360”, explica Renata. Os dados ficam acessíveis
para todos, o que torna o processo mais transparente.
As avaliações mais dinâmicas têm permitido que
a Docket continue crescendo de forma ágil, mas sem
perder a essência. “Um mês aqui equivale a seis meses.
Com a plataforma, conseguimos aprender constante-
mente em processos mais fluidos e naturais”, ressalta
Renata. Segundo ela, os feedbacks também se torna-
ram mais assertivos. “Como temos um acompanha-
mento na íntegra, conseguimos direcionar os colabo-
radores. Além disso, eliminamos a tensão dos métodos
tradicionais. Os funcionários participam, ficam enga-
jados e podem, até mesmo, celebrar as conquistas na
própria plataforma”, conta Renata.
A executiva acredita que métodos alternativos de
avaliação se tornarão cada vez mais comuns – tan-
to nas startups quanto em companhias mais tra-
dicionais. “É uma tendência. O RH está mudando,
se tornando uma área ainda mais estratégica.
Não faz sentido esperar um ano para avaliar os
funcionários”, finaliza.
Leyla, da
WFPMA: a ideia
é construir
junto
Renata, da Docket: medir o humor dos times
Divulgação
VEJA MAIS
Francisco Homem de Mello, fundador da Qulture.Rocks,
costuma chamar feedback de insight. E a melhor forma
de pensar em insights e avaliações de desempenho, diz, é
usando o esporte como metáfora. “Quando um jogador de
futebol bate uma falta errado, ele recebe alguns tipos de
feedback: a torcida vaia, a bola vai longe do gol, os
colegas fazem caretas, o goleiro comemora. Mas,
geralmente, é o técnico que manda o feedback mais
valioso: um insight do que foi errado e o que o jogador
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Feedbacks, desempenho e a metáfora do futebol
Paulo Uras/ Pinguim Pictures