de redirecionar nossas carreiras e nos reinventarmos a
todo instante. Estamos vivenciando, hoje, a 4ª onda na
Revolução Industrial, caminhando para a 5ª. Não é a
primeira e nem será a última”, diz Paolini.
Na Cisco, essa reinvenção tem sido impulsionada com
investimentos fortes em educação e treinamentos em TI e
inovação. “O futuro exigirá novas habilidades e a requa-
lificação da força de trabalho torna-se um diferencial”,
diz Nayana, head de RH. “O trabalho humano mudará,
mas não desaparecerá”, ressalta. E aqui ela faz um convi-
te: que tal substituir o medo pela criatividade? “Que tal
trocar o medo de perder o emprego por pensar de ma-
neira criativa sobre como fazer o seu trabalho de novas
e diferentes formas, adaptando-se aos novos modelos e
formatos organizacionais e, claro, com maior alegria e
produtividade? Precisamos ser cada vez mais flexíveis e
abertos às mudanças”, diz.
Medo. Sobre esse sentimento que paralisa alguns diante
do futuro, do incerto trazido pela tecnologia, seja no for-
mato de um robô ou não, o recado de Rodrigo Pádua, vice-
-presidente global de RH da Stefanini, é simples e direto:
não tema. “São as pessoas que controlam a tecnologia”,
afirma. “O colaborador deve estar aberto a todo esse movi-
mento de transformação digital, pois ele acontece por meio
das pessoas, num processo de transformação cultural. Os
dois andam juntos”, diz. Mas, por mais que as pessoas este-
jam no controle, em algumas situações não há como evitar
que algumas percam seu espaço. E o que fazer com quem
sobra nessa relação entre máquina e trabalho?
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Na planta automotiva da Continental, em Guarulhos,
na Grande São Paulo, foram instalados robôs colaborati-
vos na linha de produção. São eles que a abastecem, tarefa
antes executada por pessoas. Hoje, de acordo com Ana
Claudia Oliveira, vice-presidente de RH para o Brasil e
Argentina da empresa, a atividade é feita com mais agili-
dade e precisão. Ah! E a nova tecnologia ainda facilitou a
vida dos colaboradores que continuaram na área para fa-
zer outras operações. Sim, teve corte de pessoal. Mas an-
tes de os robôs chegarem, a empresa fez questão de expli-
car a todos que tipo de tecnologia estava chegando àquela
unidade, por que ela seria implantada e o que eles iriam
ganhar com aquele novo companheiro de trabalho no dia
a dia. “E também não escondemos que haveria redução
de pessoal. Transparência é o que reforça a confiança em
uma empresa”, acrescenta Ana.
Os cortes na linha de produção tiveram por base a per-
formance dos colaboradores. Mas não apenas dos funcio-
nários que trabalhavam nela. Em outras palavras, saíram
da empresa as pessoas que não estavam indo muito bem
nos quesitos performance e desempenho, independente-
mente da área. Os profissionais que foram substituídos
pela máquina e que apresentavam uma alta performance
foram encaminhados para outros postos.
Ana conta que um dos desafios do RH é orientar e
incentivar as pessoas a perceber que esse relaciona-
mento com a máquina no dia a dia do processo pro-
dutivo tem de ser simples e que não é ameaçador, até
porque outras demandas e necessidades vão surgir. Ao
Santos, da
Compleo:
papel do RH
em ajudar a
extrair o que
há de melhor