Melhor - Gestão de Pessoas - Edição 380 (2019-08)

(Antfer) #1

Fotos: Divulgação


comitê é formado por dez colaboradores de diversas áreas,
todos voluntários, que discutem temas como equidade de
gênero, etnia, orientação sexual, inclusão de PCDs, dife-
rentes formas de trabalho, além do debate sobre inúmeras
maneiras de pensar e agir.
Para Paulo Saath, leaf supply vice president da JTI, a
existência desse grupo no Brasil vem ao encontro de um
posicionamento global cada vez mais forte da empresa,
que tem como objetivo fazer valer as diferenças para atin-
gir as metas de liderança no setor. “Nossa rede global de
colaboradores será cada vez mais rica e complexa em ter-
mos de diversidade, equilíbrio geográfico, grupos etários,
habilidades e ambições de carreira. Nossa cultura conti-
nuará sendo uma força competitiva, mas suficientemen-
te flexível, inclusiva e gerida de maneiras criativas para
atrair e engajar o maior número possível de talentos”, diz.
Analista de qualidade técnica da JTI, Aline Dias faz par-
te do comitê de diversidade e inclusão desde junho do ano
passado. Ela conta que entrou para o grupo porque deseja
construir um mundo em que as pessoas possam viver e al-
cançar seus sonhos sendo elas mesmas. “E, também, para
que todos compreendam a riqueza e a beleza da diversida-
de de cada um”, acrescenta.
Segundo Ana Paula Freymuth, especialista em aquisi-
ção de talentos e employer branding da companhia, en-
tre as ações do comitê para o próximo ano estão desde a
mensuração de indicadores internos de diversidade até

a realização de palestras de engajamento dos colabora-
dores e dinâmicas dentro dos setores para conscientiza-
ção sobre a pauta.
Ter um ambiente de trabalho que valorize a diversida-
de e com uma cultura de igualdade traz bons resultados,
como aponta um estudo recente, divulgado pela empresa
global de consultoria de gestão Accenture. De acordo com
o levantamento, batizado de Getting to Equal 2019, a men-
talidade de inovação dos funcionários, como a disposição
e a capacidade de ter ideias inovadoras, é quase cinco vezes
maior em empresas com essa cultura em relação às demais
organizações (sem essa cultura, obviamente).
A pesquisa revela, também, que um ambiente em-
poderado é o fator mais importante para impulsionar
uma mentalidade inovadora. E para Ana Paula, a prin-
cipal mudança dentro da JTI desde a criação do comitê
foi o mindset dos colaboradores, que se mostram cada
dia mais inclusivos e inovadores. “A mudança no pen-
samento está fazendo com que se deixe de lado precon-
ceitos que muitas vezes trazemos de berço. Mas é claro
que temos um longo caminho para percorrer. Essa é
uma pauta importante para a organização”, afirma.
Segundo Saath, a iniciativa vai além de um espaço de
aprendizagem para a rede de colaboradores envolvidos.
O papel do comitê pode ser visto também como um di-
ferencial competitivo tanto na atração de novos talentos
como um agente de transformação e inovação. “O ob-
jetivo é estarmos sempre atentos às oportunidades de
integrar o tema às estratégias da empresa”, diz.
Mas, por mais que se fale sobre a importância da

DIVERSIDADE

Saath, da
JTI: fazer
valer as
diferenças

Cristiana, da Basf: criar um futuro sustentável
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