Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1






Fibrose e esclerose do sistema de condução
Doenças reumatológicas
Doenças infecciosas (doença de Chagas, endocardite infecciosa, especialmente
aórtica, miocardite)
Cardiopatias congênitas (transposição corrigida das grandes artérias Ebstein)
Pós-cirurgias cardíacas (trocas valvares ou revascularização miocárdica).

Figura 9.7 Eletrocardiograma: ritmo de escape ventricular.


BAV DE 1o GRAU
Intervalo PR constante e > 200 ms (Figura 9.8). Todas as ondas P são conduzidas.
Pode ser um achado normal em indivíduos sem cardiopatia, principalmente em atletas.
Geralmente é benigno, não causa sintomas e não requer tratamento específico.


BAV DE 2o GRAU DO TIPO I (WENCKEBACH, MOBITZ TIPO I)


Aumento progressivo do intervalo PR até que o impulso elétrico atrial falhe e uma onda
P não conduza ao ventrículo (Figura 9.9). Na grande maioria das vezes, o bloqueio
ocorre em nível do nó AV. Quando é associado a um bloqueio de ramo (p. ex., bloqueio
de ramo direito), existe a chance de o bloqueio ser intra ou infra-hissiano. Em geral
benigno, não causa sintomas e não requer tratamento específico.


BAV DE 2o GRAU DO TIPO II (MOBITZ TIPO II)


Intervalo PR constante até que onda P seja subitamente bloqueada (Figura 9.10). O
nível do bloqueio surge quase exclusivamente abaixo do nó AV, sendo intra ou infra-
hissiano. Na maioria das vezes provoca sintomas. Praticamente não responde à
atropina. O tratamento inclui suspensão de cronotrópicos negativos (se presentes) e se
indica marca-passo definitivo à maioria dos pacientes


BAV DE 3o GRAU


Completa dissociação atrioventricular (ondas P dissociadas do complexo QRS) (Figura
9.11). O ritmo de escape pode ser juncional ou ventricular. O tratamento é a suspensão

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