Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

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Orientação sobre dieta e restrição hídrica
Prescrição de atividade física
Otimização do tratamento clínico
Antagonismo neuro-hormonal efetivo (betabloqueador, IECA, espironolactona)
Revascularização coronária, quando indicada
Uso de digitálico, se houver B3, fibrilação atrial com alta resposta
Diureticoterapia ambulatorial objetivando euvolemia e melhora de sintomas
Anticoagulação (se tiver havido acidente vascular cerebral prévio, fibrilação atrial,
trombos)
Imunização, em caso de gripe (anual) e pneumonia (a cada 3 anos)
Correção da anemia se a hemoglobina estiver < 10 mg/dℓ
Reposição de hormônio tireoidiano, se TSH > 10 ng/dℓ
Tratamento das comorbidades
Verificar a adesão ao tratamento
Monitoramento em domicílio: diurese, balanço hídrico e peso
Assegurar retorno rápido ao ambulatório
Encaminhamento para especialista
Fisioterapia individualizada
Apoio psicológico.

SOBREVIDA


A mortalidade por insuficiência cardíaca ainda é muito elevada, apesar dos avanços na
terapêutica nos últimos anos. Não há dados recentes de taxas de mortalidade, mas,
segundo o DATASUS, a mortalidade intra-hospitalar é de aproximadamente 6%
(variação de 8 a 23% em dados internacionais). Essa variação é atribuível a diferenças
nas características clínica e terapêutica de cada instituição. Com base em estudos
observacionais internacionais, a mortalidade em um ano se aproxima de 20% e se
estima que menos de 15% dos pacientes estarão vivos em 8 a 10 anos.


TRATAMENTO OTIMIZADO


Indícios de que um paciente pode apresentar alta mortalidade em um ano com o
tratamento otimizado:


Limitação funcional (CF III/IV permanente)
Internações frequentes/insuficiência renal
Disfunção ventricular grave, FE < 30%
Dilatação ventricular grave (DDVE > 75 mm)
Baixa tolerância ao esforço (VO 2 < 10 mℓ/kg/min)
Taquicardia ventricular sustentada
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