Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1














Dois grupos de paciente merecem atenção. Em casos de dissecção de aorta, a
redução da pressão deve ser a máxima tolerada e adjunta ao controle de frequência
cardíaca (FC) (preferencialmente com betabloqueadores). Em pacientes com acidente
vascular cerebral isquêmico (AVCi) o controle pressórico deve ser cauteloso, pois
reduzir demais a PA pode comprometer a pressão de perfusão cerebral. Anti-
hipertensivos intravenosos devem ser usados somente se a PA for > 220 × 120 mmHg
em portadores de AVCi não submetidos a trombólise. Para aqueles com AVCi a serem
trombolisados, a meta é manter níveis de PA < 185 × 110 mmHg.


ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA


Condição grave secundária a um desequilíbrio no complexo mecanismo de regulação
de pressão e perfusão intracraniana. Se não tratada, pode causar lesões irreversíveis e
até a morte. A pressão de perfusão cerebral (PPC) é derivada do gradiente entre
pressão arterial média e pressão intracraniana (PIC) (PPC = PAM − PIC).


Tabela 14.2 Medicações em urgência hipertensiva.


Medicamento Dose (mg) Início (min) Pico (h) Duração (h) Efeitos adversos Atenção

Captopril 6,25 a 25 15 a 30 1 4 a 6 HipotensãoHiperpotassemia

Pacientes com
hipertensão
renovascular bilateral,
insuficiência renal e
hiperpotassemia

Clonidina 0,1 a 0,2 30 a 60 2 a 4 6 a 8 Tontura, boca seca Evitar nas afecçõesneurológicas

Propranolol 10 a 80 60 2 a 4 6 a 8

Bradicardia,
broncospasmo,
bloqueio
atrioventricular

Evitar em pacientes com
broncospasmo,
bloqueio
atrioventricular de 2o e
3 o graus

Tabela 14.3 Emergências hipertensivas.


Cerebrovasculares
Encefalopatia hipertensiva
Hemorragia subaracnóidea
AVC isquêmico ou hemorrágico
Hipertensão maligna com edema de papila
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