Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

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de acidente vascular cerebral (AVC) ou AIT nos 3 meses anteriores e pacientes com
sopro carotídeo. Deve ser realizada com monitoramento contínuo e medidas
periódicas da PA. Uma pausa cardíaca maior que 3 s e/ou queda da pressão sistólica
de 50 mmHg define hipersensibilidade do seio carotídeo, se associada a síncope
espontânea, definem síndrome do seio carotídeo
Tilt teste: reproduz o reflexo neuromediado em laboratório, podendo corresponder à
síncope reflexa por ortostase prolongada (mais comum), a outras formas de síncope
reflexa; também é positivo em doença do nó sinusal. Indicado à confirmação de
síncope reflexa, uso de protocolos com isoproterenol intravenoso ou nitroglicerina
sublingual. A primeira forma não é recomendada a pacientes com doença isquêmica
do miocárdio
Monitoramento eletrocardiográfico: o método-ouro para diagnóstico da síncope
cardíaca arritmogênica é a correlação dos sintomas relatados com arritmia
documentada. Achados assintomáticos como assistolias prolongadas ≥ 3 s,
taquicardias supraventriculares rápidas (> 160 bpm por intervalo > 32 batimentos) ou
taquicardias ventriculares
Monitoramento intra-hospitalar: para todos os pacientes de alto risco (I C)
Holter: monitoramento por ECG em período usual de 24 a 48 h, podendo chegar a
sete dias. É de maior valia se os sintomas forem frequentes (≥ 1 por semana) (I B)
Looper externo: sistema de monitoramento por ECG de longa permanência
conectado ao paciente por eletrodos cutâneos e que pode ser ativado pelo próprio
indivíduo no momento dos sintomas. Recomendado a sintomas com frequência ≤
4 semanas, período no qual os estudos foram realizados e, mesmo assim,
obtiveram resultados conflitantes (IIa B)
Looper implantável: aparelho implantado no subcutâneo sob anestesia local e com
bateria de duração de até 36 meses. Indicado à fase inicial da evolução de
pacientes com síncope recorrente de origem obscura, ausência de alto risco e alta
probabilidade de recorrência durante a vida útil da bateria (I B). Também indicado
a pacientes de alto risco nos quais a evolução inicial não revelou a causa da
síncope ou acarretou um tratamento específico (I B).
Existem, ainda, indicações ao estudo eletrofisiológico (EEF):
Pacientes com doença isquêmica do miocárdio, quando a evolução inicial sugere
causa arrítmica, a não ser em casos com indicação definida a cardiodesfibriladores
implantáveis (I B)
Pacientes com síncope e bloqueio de ramo (IIa B) ou síncope precedida por
palpitações súbitas (IIb B) quando outros testes falharam em diagnosticar
Casos selecionados de síndrome de Brugada, displasia arritmogênica de VD e
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