Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

completo, a perda da consciência pode ser parcial (lipotimia ou pré-síncope).
A síncope resultante de arritmias é súbita, em geral sem pródromos, com duração
variável, por curto período e sem sintomas de confusão ou sinais focais após o
episódio. Entre as causas de síncope não cardiogênicas podem-se citar quadro
convulsivo e síncope vasovagal (causa mais comum de síncope).


Palpitações


Definidas como sensação desconfortável do batimento cardíaco, podem ser
taquicárdicas (de início súbito, compassadas e com duração variável), extrassistólicas
(batimentos mais fortes que o usual, em geral isolados) ou descompassadas (ocorrem
em crises ou de modo permanente, quase sempre associadas à fibrilação atrial). No
momento da palpitação, o exame físico e a eletrocardiografia são muito úteis, porém,
na maioria das vezes, os pacientes se queixam após o sintoma cessar.


Edema
O edema cardíaco costuma ser mais vespertino, gravitacional, bilateral e simétrico.
Pode progredir, gradativamente, para a região inguinal, os genitais e a parede
abdominal. Com o agravamento da disfunção cardíaca, pode atingir todo o corpo,
inclusive o rosto, e receber a denominação “anasarca”.
A falência ventricular não somente leva a edema de subcutâneo, como pode
progredir para cavidades como ascite, derrame pleural, derrame pericárdico e edema
escrotal.
A tríade do edema cardíaco de origem em ventrículo direito (VD) caracteriza-se por
edema de membros inferiores, ascite e estase jugular. Já o edema de origem
nefrológica (p. ex., síndrome nefrótica) tem como características ser
predominantemente matutino e pouco gravitacional. Acomete com frequência região de
face e periorbitária e também pode causar edema de cavidades. Outras etiologias de
edema são perda de albumina por via abdominal (disabsortiva) e hipoalbuminemia
secundária à desnutrição.


Fadiga/cansaço


Define-se como o estado de maior desconforto e de menor eficiência ao esforço ou
como incapacidade de responder à estimulação. Deve ser diferenciado de dispneia.


EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR


Deve-se proceder à inspeção, à palpação, à percussão e à ausculta, avaliando os
segmentos corporais para correlacionar todos os dados e formular possíveis
diagnósticos. É importante o exame físico geral do paciente para avaliar sinais
sistêmicos de doenças cardiovasculares.


AVALIAÇÃO DAS EXTREMIDADES

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