Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1
Posologia 75 mg/dia 10 mg/dia 90 mg, 12/12 h
Retirada pré-operatória 5 dias 7 dias 3 a 5 dias
Estratégia não invasiva Sim Não Sim
Com fibrinolítico Sim Não Não

O estudo PLATO (Platelet Inhibition and Patient Outcomes) randomizou 18.624
pacientes para o uso de ticagrelor ou clopidogrel, e o grupo que utilizou ticagrelor
obteve redução de 16% na incidência do desfecho combinado de morte por causas
vasculares, infarto não fatal ou acidente vascular cerebral. Contudo, o grupo ticagrelor
apresentou sintomatologia de dispneia, a maioria dos casos transitória, principal causa
de abandono de tratamento.
O ticagrelor deve ser empregado em dose de ataque de 180 mg, com manutenção
de 90 mg 2 vezes/dia, podendo ser utilizado para SCA com ou sem supra ST, mesmo
sem o conhecimento da anatomia coronariana. Meia-vida de 12 h e início da ação
antiplaquetária em 30 min. Havendo intervenção cirúrgica, o fármaco deve ser
suspenso cinco dias antes do procedimento. Contraindicado a pacientes com disfunção
hepática grave (Tabela 31.1).


INIBIDORES DA GLICOPROTEÍNA IIB/IIIA
Fragmentos de anticorpo monoclonal que impedem a ligação do fibrinogênio aos
receptores de glicoproteína IIb/IIIa das plaquetas e a conversão de fibrinogênio em
fibrina, resultando em antiagregação plaquetária. Os inibidores de glicoproteína IIb/IIIa
disponíveis no Brasil são o abciximabe e o tirofibana.
Indicados a pacientes com angina instável de alto risco e IAM sem supra ST
submetidos a intervenção coronariana percutânea com alta carga trombótica e baixo
risco de sangramento (tratados previamente com tienopiridínicos) e IAM com supra ST
encaminhados à angioplastia em casos selecionados, principalmente aqueles com alta
carga trombótica. Dessa maneira, são medicações de uso atualmente reservado
durante e/ou após cateterismo cardíaco.


ANTICOAGULANTES


Novos anticoagulantes têm surgido na tentativa de facilitar a adesão, principalmente
pela não necessidade de monitoramento da anticoagulação e pela baixa interação com
outros alimentos ou medicamentos. Por exemplo: dabigatrana, apixabana e
rivaroxabana.
Atualmente, o escore CHA2DS2VASC ajuda a definir o risco de fenômenos
tromboembólicos em fibrilação atrial (FA) não valvar, a priori indicando anticoagulação
quando ≥ 1. Utilizam-se também os escores HAS-BLED (em casos de fibrilação atrial) e

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