fatores de risco cardiovasculares, eletrocardiograma mostrando sinais de isquemia ou
zona elétrica inativa, ecocardiograma com alterações de contração segmentar ou
presença de aneurisma apical.
Pode-se lançar mão de métodos não invasivos para detecção de isquemia
miocárdica (ecoestresse, cintilografia, ressonância magnética cardíaca) em pacientes
com história prévia de infarto agudo do miocárdio (IAM) ou fatores de risco
cardiovasculares. Já a cineangiocoronariografia é indicada a cenários de IC e angina
típica (I B) ou IC sem angina, porém em pacientes com fatores de risco
cardiovasculares ou IAM prévio (II a).
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
Os pacientes devem ser acompanhados em clínica de IC para melhorar a adesão ao
tratamento e a qualidade de vida e diminuir descompensações e internações (I A).
Recomenda-se também acompanhamento psicológico.
Deve-se manter dieta saudável, de preferência com acompanhamento nutricional
especializado (I C). O controle de sódio em dieta deve ser individualizado, podendo
chegar ao limite de 2 a 3 g/dia, principalmente em estágios avançados e ausência de
hiponatremia. A ingestão de líquido também deve ser controlada de acordo com a
condição clínica, entre 1.000 e 1.500 mℓ para pacientes sintomáticos com risco de
hipervolemia.
O peso corporal deve ser monitorado visando identificar precocemente caquexia
cardíaca ou retenção hídrica. O paciente também deve ser vacinado contra Influenza e
Pneumococcus (I C).
Indica-se reabilitação cardíaca a todos os pacientes com IC crônica estáveis, classe
funcional (CF) II ou III, para melhorar a função endotelial, a qualidade de vida e a
capacidade de exercício físico.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA E BLOQUEADORES
DOS RECEPTORES DE ANGIOTENSINA
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e bloqueadores dos
receptores de angiotensina (BRA) são indicados a pacientes com disfunção de
ventrículo esquerdo (VE) sintomática ou assintomática (I A). Reduzem
morbimortalidade. Deve-se iniciar com doses baixas e aumentar até a dose máxima
preconizada ou tolerada. São contraindicados a gestantes, pacientes com níveis de
potássio superiores a 6 e de creatinina acima de 2,5 (e deterioração de função após o
uso).
Os IECA têm melhor respaldo científico para uso que os BRA, principalmente em