Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

pode variar de 1 mm a mais de 10 mm.


ONDA Q


Na evolução do IAM, há perda gradual da altura da onda R e desenvolvimento da onda
Q patológica (Figura 4.1). Ambas as mudanças refletem a perda de miocárdio viável da
área correspondente e a onda Q se torna a evidência eletrocardiográfica de necrose
miocárdica. Podem se desenvolver em 1 a 2 h do início dos sintomas, mas em geral
são vistas entre 12 e 24 h. Após meses do evento agudo, a cicatriz pode encurtar e
reduzir o tamanho da área inerte até desaparecer a onda Q, sobretudo em infarto de
menor dimensão.


Figura 4.1 Evolução do infarto agudo do miocárdio ao eletrocardiograma.


RESOLUÇÃO DO SEGMENTO ST E ONDA T


Na evolução do IAM, a elevação do segmento ST se reduz e a onda T começa a
inverter. Se o IAM for inferior, esse processo pode demorar até duas semanas; em IAM
anterior, essa evolução costuma ser mais rápida. Se surgir aneurisma de ventrículo
esquerdo, a elevação do segmento ST pode persistir indefinidamente. A inversão de
onda T pode persistir por meses ou indefinidamente (Figura 4.1).


DEPRESSÃO RECÍPROCA DO SEGMENTO ST (IMAGEM EM ESPELHO)


É o infradesnível do segmento ST em derivações remotas das do infarto agudo, em

Free download pdf