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Capítulo 5
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS EM CARDIOLOGIA
Alfredo Augusto Eyer Rodrigues e
Pedro Ivo De Marqui Moraes
TESTE ERGOMÉTRICO
Método diagnóstico não invasivo importante para a prática cardiológica, promove
estímulo físico em um ergômetro e possibilita análises clínica, hemodinâmica,
metabólica e eletrocardiográfica. Os protocolos podem ser multiestágios, com
aumentos progressivos e predeterminados de carga de trabalho a cada 2 a 3 min
(Bruce, Bruce modificado, Ellestad, Naughton) ou protocolos de rampa, com aumento
linear de carga de trabalho até atingir o cansaço máximo. Podem ser feitos conforme a
recomendação:
Rampa: elegível para todos
Bruce: adultos ativos ou jovens sedentários
Naughton: cardiopatas de baixa tolerância e idosos
Ellestad: adultos muito ativos.
Os critérios para interrupção física do teste ergométrico (TE) são: exaustão física;
pré-síncope ou tontura com risco de queda; redução da frequência cardíaca (FC) ao
esforço sem interferência medicamentosa; angina; taquicardia ventricular (TV) ou
taquicardia supraventricular (TSV) sustentada; bigeminismo ventricular prolongado;
bloqueio atrioventricular (BAV) graus II e III; supradesnível de ST > 2 mm em derivação
sem Q (exceto aVR e V1); infradesnível de ST inicial ou adicional ≥ 3 mm horizontal ou
descendente; sinais de insuficiência cardíaca; pressão arterial sistólica (PAS) > 260 ×
140 em hipertensos ou pressão arterial distólica (PAD) > 120 em normotensos.
O TE é recomendado em diversas situações, entre as quais (nível de
recomendação):
Probabilidade pré-teste intermediária de doença arterial coronariana (DAC), incluindo
bloqueio de ramo direito (BRD) ou depressão < 1 mm ECG em repouso (I B)
Síndrome coronariana aguda de baixo risco após estabilização (I B)
Prescrição de atividade física antes da alta em DAC (I B)