Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

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Paciente assintomático com mais de dois fatores de risco (IIa B)
Avaliação de capacidade funcional e de sintomas de insuficiência aórtica e
sintomatologia duvidosa (I B)
Avaliação de capacidade funcional em valvopatias leves a moderadas para
esclarecer sintomas ou antes de atividade física (IIa B)
Avaliação de estenose aórtica moderada a grave, assintomática ou com sintomas
atípicos (IIa B)
Investigação de DAC como causa de insuficiência cardíaca (IC) sem etiologia
definida (I B)
Palpitação, síncope, lipotimia ou mal-estar relacionado com esforço físico (I B)
Avaliação de resposta cronotrópica ao exercício em portadores de bloqueio
atrioventricular total (BAVT) congênito ou doença do nó sinusal (I B).
As contraindicações ao TE são: infarto agudo do miocárdio (IAM) ocorrido há menos
de 3 dias; angina instável (AI) de alto risco ou sem instabilização; arritmias significativas
(TV não sustentada [TVS], bigeminismo sustentado, fibrilação atrial [FA] ou flutter com
alta FC); miocardite, pericardite e endocardite; IC descompensada; BAV avançado
adquirido; estenose aórtica ou mitral grave ou sintomática; tromboembolia pulmonar
(TEP); enfermidade aguda febril; portadores de marca-passo de frequência fixa;
diagnóstico de DAC em bloqueio de ramos esquerdo (BRE), síndrome de Wolff-
Parkinson-White (WPW); MP ou infra > 1 mm em ECG em repouso (perda de
parâmetros eletrocardiográficos); diagnóstico de DAC em valvopatia (indicação IIIb).


CRITÉRIOS DE ANORMALIDADE AO TESTE ERGOMÉTRICO


Clínicos


Angina ou equivalentes isquêmicos.


Hemodinâmicos
Resposta pressórica hiper-reativa aumenta 4 a 5 vezes a probabilidade de hipertensão
arterial sistêmica (HAS) futura. Queda da PAS durante esforço tem valor preditivo para
isquemia grave. Elevação paradoxal de PAS nos três primeiros minutos após esforço
ou recuperação mais lenta têm sido relacionadas com DAC. Duplo produto (PAS × FC
no pico do esforço) corresponde ao consumo de oxigênio (O 2 ); quando elevado (>
30.000 VO 2 ), prediz revascularização miocárdica adequada e ausência de DAC grave. A
variável mais relacionada com prognóstico em TE é a capacidade funcional, seguida de
resposta cronotrópica e infradesnível de ST. Já a FC máxima predita ao esforço pode
ser calculada pela fórmula FC = 220 – idade (DP 11 bpm) ou FC = 208 – (0,7 × idade).
Resposta cronotrópica exagerada, incompetência cronotrópica, redução lenta de FC à
recuperação e queda da FC ao esforço têm sido relacionadas com maior probabilidade
de eventos cardiovasculares.

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