Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

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Baixa probabilidade com sintomas típicos ou testes funcionais sugestivos
SCA de baixa ou intermediária probabilidade com ECG e marcadores de necrose
miocárdica normais
Avaliação de coronárias anômalas
Avaliação de patência de enxertos cirúrgicos
Acompanhamento em doença de Kawasaki
Não é o exame ideal para avaliar pacientes de alto risco ou para assintomáticos
Triplo descarte em situações de emergência (coronariopatia, TEP ou dissecção de
aorta), porém com protocolo é menos eficiente que exames individuais.

Tabela 5.2 Escore de cálcio e risco absoluto.


Escore de cálcio Risco absoluto em 10 anos (%)
Zero < 1
1 a 100 < 10
101 a 300 10 a 20
> 300 > 20

A angio-TC de coronárias não é adequada para avaliação de re-estenose intra-stent
na maioria dos casos (artefatos técnicos e baixo diâmetro de stents prejudicam a
análise). As limitações técnicas em geral abrangem artefatos de calcificação
acentuada, arritmias cardíacas e índice de massa corporal elevado.
A avaliação de isquemia miocárdica pela técnica de perfusão de primeira passagem
é factível e em desenvolvimento, além da análise de viabilidade e fibrose miocárdica
(porém, inferior à ressonância magnética cardíaca).


RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA CARDÍACA


Método diagnóstico com base em campo magnético e pulsos de radiofrequência na
análise tecidual (não envolve radiação ionizante ou contraste à base de iodo).
Comumente, usa-se como contraste o metal paramagnético gadolínio. Reações
alérgicas são raras, mas deve ser evitado com clearance de creatinina < 30
mℓ/min/1,73 m^2 (pela probabilidade de fibrose nefrogênica sistêmica).
Considerada padrão-ouro para quantificar volume, massa e função de VE e VD
(tanto global quanto regional). Útil também para detecção de fibrose em diversas
doenças (cardiomiopatia isquêmica, hipertrófica, orovalvar e doença de Chagas).
Na técnica do realce tardio (imagens obtidas 10 a 20 min após gadolínio), a
presença de hipersinal delimita com precisão áreas de necrose (se infarto recente) ou
fibrose (se infarto antigo) em pacientes com infarto prévio, ou mesmo áreas de fibrose

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