Claudia - Edição 696 (2019-09)

(Antfer) #1

claudia.com.br setembro 2019 73


TENDÊNCIA POSITIVA
AS MAIS JOVENS TIVERAM MAIS CONVERSAS
SOBRE SEXO COM OS PAIS E PRETENDEM
ABORDAR O ASSUNTO COM OS FILHOS


Em meio a um cenário que muitas vezes
se apresenta negativo para a emancipação
das mulheres no que se refere à
sexualidade, a perspectiva parece se
mostrar mais otimista. Pelo menos no que
depender das conversas entre pais e filhos,
que demonstraram ser mais comuns para
a atual geração. Entre aquelas com mais
de 55 anos, apenas 6% mantinham diálogo
em casa sobre o assunto. Já entre as que
estão na faixa de 18 a 24 anos, um terço
pôde contar com essa abertura com os pais.
A boa notícia é que, atualmente, 86% das
mulheres já falam ou pretendem falar
com os filhos adolescentes sobre sexo.
Discutir essas questões com clareza
permite que eles tracem os próprios
limites, evitando tanto abusos e gravidez
precoce quanto inibições para exercer a
própria sexualidade de maneira livre.


DIÁLOGO ABERTO
Uma em cada dez mulheres nunca se sente à vontade para
falar sobre sexo, inclusive com amigas ou médicos – 32% das
que estão em um relacionamento não abordam o tema com o
parceiro (ou a parceira). As que mantêm esse diálogo fazem sexo
com mais frequência, são muito mais propensas a novas
experiências, ficam significativamente menos preocupadas
durante as relações e entendem que elas podem ser prazerosas
mesmo após anos de relacionamento. Entre as mulheres do
primeiro grupo, que não conversam com o parceiro, 75% afirmam
que gostariam de ter uma vida sexual diferente e 71% que não
conseguem relaxar durante o sexo. Já entre as do segundo
grupo, que dialogam, esses índices despencam para 48% e 38%
respectivamente. As conversas sobre sexo com médicos não
estão em dia para 66% das mulheres, sendo que uma das
principais queixas delas é de que os profissionais não costumam
dar ouvidos para as dificuldades femininas em busca de prazer.


afirmaram estar muito satisfeitas com o próprio corpo
e 23% disseram conhecê-lo completamente e saber
como ter prazer com ele. A média de satisfação é
quase uma nota vermelha: 5,8 em uma escala de
0 a 10 pontos. O nível de conhecimento é de 7,3. Esses
números são sinais de alerta, já que as mulheres que
apontaram maior satisfação com o corpo relataram
que chegam ao orgasmo com maior facilidade, não
aceitariam o relacionamento se não estivessem felizes
com o sexo e não desejam mudar a vida sexual.

7%

Free download pdf