VOX - #12

(VOX) #1

ABRIL 2019 | REVISTAVOX.COM 117


depois de conhecê-lo em suas nuances,
você nunca mais será um mero leitor,
telespectador, ouvinte. A prática, então,
lhe dá uma carga incrivelmente dife-
renciada, aprendendo a lidar com os
mais diversos públicos, seja enquanto
receptores da informação, seja como
entrevistados. É um mundo de experi-
ências”.
Pouco depois de iniciar o curso
de Direito ela estava encantada pela
futura profissão. “Estava apaixonada
por tudo, por toda importância que o
Direito tem na vida do cidadão. Dali em
diante, senti-me mais segura em meus
passos porque encontrei no Direito a
minha forma disciplinada, engajada e
humana de encarar o mundo. Naque-
la época, ainda que eu quisesse, não
poderia mais deixar o curso. Não era
mais ele, era eu. Eu estava ali, dentro
dele, mais do que em qualquer outra
experiência”, revela.
Hevelin se formou em Direito, atua
como advogada, graduada pelo Unicu-
ritiba – Centro Universitário Curitiba
e especializada em Direito Penal e
Criminologia pelo ICPC – Instituto de
Criminologia e Política Criminal. “Sou
especialista em Direito Penal, mas ad-
quiri uma visão ampla do Direito com
o passar de alguns anos de prática”.
A jovem encontrou satisfação
e realização em sua nova profissão.
“Satisfazem-me muitas coisas. Com a
graduação em Direito sinto que adquiri
uma maturidade profissional superior
e uma segurança vigorosa em tudo que
faço e escrevo. Ao fazer a faculdade de
Direito, digo, fazer mesmo, com afinco
e dedicação, é possível ter uma noção
mais extensiva da sociedade, das neces-
sidades legais e humanas que podem
complementar a nossa vida em comu-
nidade e das deficiências do Estado em
relação à coletividade. Direito deu-me
um sentido de civilidade incrível”.
Já o arrependimento não faz
parte do seu repertório de emoções.
“Em nenhum momento, durante esta
caminhada, senti qualquer arrepen-
dimento. Hoje, não sinto que não sou
mais jornalista. Sinto que não estou
nesta função no atual momento, mas
também me percebo mil vezes mais
preparada para esta atividade hoje do
que me sentia há sete anos. Em minha


visão, o Jornalismo completa o Direito
e vice-versa. Reconheço o papel político
e social de ambas profissões e não é
possível crer que, numa sociedade que
se reconheça democrática, elas possam
ser suprimidas. Posso dizer que, de
fato, sou realizada em ser jornalista e
advogada”, conclui.

NASCE UMA ARTISTA DE BONECAS
O desejo de passar mais tempo
com a filha falou mais alto para Fabíola
de Cássia Gonçalves Yamauchi, 32
anos, de Tupã. Fabíola é formada em
enfermagem pela Faculdade da Alta
Paulista (FADAP/FAP), especialista
em urgência/emergência e UTI (FA-

DAP), e em gestão de redes de atenção
à saúde pela Escola Nacional de Saúde
Pública (FIOCRUZ). Antes de se desco-
brir artista reborn, ela era enfermeira
concursada na cidade de Bastos.
“Decidi mudar de carreira princi-
palmente para poder ficar mais tempo
com a minha filha. Como trabalhava
em Bastos, ficava praticamente o dia
todo lá, não conseguia levar e nem bus-
car a Manu (filha) em suas atividades
diárias e ela me cobrava muito. Finan-
ceiramente não era algo compensador
também”, revela.
E foi por meio do desejo da filha
de ter uma bebê reborn - boneca
transformada por um artista para se

“Fazer bonecas é


muito mágico. É


trabalhar com algo


literalmente fofo,


bonito e delicado”,


Fabíola Gonçalves
Yamauchi
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