VOX - #3

(VOX) #1

mecei a trabalhar. Nem precisei
procurar por ninguém, as pesso-
as me procuravam, pedindo para
que eu as tatuassem”, conta.
Há 17 anos no ramo, Cláudia
afirma que no início as pesso-
as costumavam tatuar coisas
simples, nada realista ou muito
elaborado. Era comum tatuar
animais e dragões e o público
era quase que exclusivamente
masculino, o que mudou.
“As tatuagens eram pequenas,
de no máximo 10 centímetros. De
uns tempos para cá, mudou. A
mulher passou a buscar tatua-
gens e hoje elas representam


metade da clientela. E são tam-
bém mais empolgadas que os ho-
mens. A maioria nunca fez nada e
já quer fazer coisas grandes, não
têm medo da dor”, diz.
Segundo a tatuadora, esta-
mos fugindo do biotipo clássico
de quem procurava uma tatua-
gem. “Não precisa ter ‘cara’, uma
aparência diferente para querer
uma tatuagem. Recebo mães que
vêm trazer suas filhas e acabam
gostando e fazendo alguma coi-
sa também, mesmo que apenas
uma florzinha, um detalhe para
dar charme”.
Ela conta que os escritos em
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