Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-28)

(Antfer) #1

Saiba avaliar os custos envolvidos na compra de uma casa própria


Banco Central do Brasil

Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Especial
sábado, 28 de maio de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Selic

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SÃO PAULO A escalada da Selic e da inflação ampliam
a necessidade de planejamento financeiro para quem se
prepara para comprar a casa própria.


Dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio)
apontam que, em abril, o Brasil alcançou o maior
percentual de famílias endividadas desde janeiro de
2010: 77, 7%. A principal dívida de 8, 3% delas é o
financiamento imobiliário com uso do FGTS (fundo de
garantia).


Só nos primeiros quatro meses de 2022, foram
financiados 45,3 mil imóveis, totalizando um valor de R$
52, 62 bilhões, segundo a Abecip (associação das
instituições que oferecem essa modalidade de crédito).
Já nos 12 meses encerrados em abril, a soma atingiu
R$198, 12 bilhões.


Pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação), o
comprador consegue crédito de até 80% do valor total
para pagar em até 35 anos. As parcelas não podem
ultrapassar 30% da renda.


Embora os juros do financiamento imobiliário não


variem na mesma proporção da Selic, eles devem subir
no próximo semestre, afastando milhares da casa
própria.

De acordo com a Abrainc (associação das
incorporadoras), um ponto percentual a mais nos juros
do crédito imobiliário deixa cerca de 1 milhão de famílias
sem acesso ao crédito.

A Selic interfere ainda na renda média para obter o
financiamento. Se a taxa básica de juros sobe, o
financiamento fica mais caro, aumentando as chances
de o consumidor não conseguir pagar as parcelas. Para
evitar o risco de inadimplência, os bancos aumentam a
renda exigida para contratação do financiamento.

Apesar do aumento do custo, Roberto Nascimento,
CEO da Kzas crédito, afirma que, se a renda não for um
problema, pode valer a pena entrar em um
financiamento ainda neste semestre. Principalmente se
o consumidor puder dar mais do que 20% do valor do
imóvel como entrada.

'Se encontrar um negócio bom, vale a pena aproveitar.
Amanhã a taxa volta a cair, e o comprador pode fazer
portabilidade ou negociar o saldo restante', afirma o
empresário.

'As pessoas tendem a pensar que comprar um imóvel à
vista é o melhor dos mundos, mas, na verdade, os juros
do financiamento seguem baixos, mesmo comas
subidas da Selic. Faz mais sentido aplicar em títulos de
investimento e pagar o financiamento com seu
rendimento do que pagar um imóvel à vista', diz
Nascimento.

Outro cuidado para evitar a inadimplência está na
escolha pelo tipo de amortização do financiamento. Pela
tabela Price, as prestações serão sempre iguais, mas
compostas por mais juros.

Pelo SAC (Sistema de Amortização Constante), as
parcelas são mais caras no início e mais baratas no
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