Clipping Jornais - Banco Central (2022-05-29)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
Sunday, May 29, 2022
Banco Central - Perfil 1 - Caderneta de poupança

Isso é mais do que o investimento emrádio, jornal,
revista e cinema somados no ano passado. Nesse total,
estão os posts das próprias empresas nas redes sociais
e a contratação de influenciadores via agências de
propaganda.


Ana Paula Passarelli criou em 2019 uma agência de
mar ketingdeinfluência, a Brunch, para atender
influenciadores em busca de profissionalização e
patrocínio. Na sequência, criou a Toast, para assessorar
marcas que procuram influenciadores -que podem ou
não estar no casting da Brunch.


'O importante é que haja coerência no trabalho do
influenciador, não pode ser forçado, ele realmente
precisa acreditar no produto ou serviço que apresenta
na sua rede'


Ana Paula é contra seleção só por número de
seguidores. 'Existem as fazendas de cliques, que
podem inflar esse número', diz ela. 'O que vale é a
autenticidade da mensagem do influenciador e o nível
de engajamento que ele conquista, que vão além dos
likes e incluem comentários e compartilhamentos'


Para que o sucesso de um influencer não seja efêmero,
é preciso que ele seja relevante para a comunidade na
qual está inserido. 'O influenciador não se sustenta se
não tiver conteúdo relevante', diz. Para selecionar
influenciadores, a Brunch acompanha a trajetória do
profissional e analisa o quanto seus posts, reels, stories
e vídeos conquistaram de fato o público.


A BR Media Group, agência de marketing de influência,
criou há sete meses a Farol, que reúne casting de
influenciadores. 'É comum que em uma campanha a
gente mescle influenciadores com alcances diferentes,
desde o hero; que tem maisde2 milhões de seguidores,
até o microinfluencer, que soma até 100 mil seguidores',
diz Luiz Jerônimo Stamboni, sócio da BR Media.


Segundo Alexandra Avelar, diretora no Brasil da Emplifi,
plataforma que faz a gestão da experiência do cliente
nas redes sociais, alguns anunciantes trabalham com
nano influenciadores -com menos de 10 mil seguidores,


para atingir públicos específicos.

O caminho inverso também ocorre: muitos
influenciadores criam conteúdo e marcam as empresas
nos posts ou vídeos, a fim de serem percebidos por
elas, diz. 'É uma prática comum inclusive entre grandes
influencers: se gostam de uma marca, deixam a hashtag
ou arroba no post. Em algum momento, aquele
anunciante pode entrar em contato'

Segundo Stamboni, da BR Media, uma agência é
importante para ajudar o influenciador à manter o seu
conteúdo relevante na rede, tendo em vista as
constantes mudanças de algoritmo. 'Sozinhos, muitos
não conseguem acompanhar as mudanças. À
assessoria ajuda a avaliar se o conteúdo que ele está
criando é relevante para a audiência daquela rede
social'

As agências destacam que é comum que
influenciadores se sintam pressionados por criar
conteúdos virais e enfrentem um bloqueio criativo.

'O influenciador quer falar de A, mas só viraliza B, ele
precisa lidar com a pressão que vem do algoritmo', diz
Mariana Hargreaves, da M4S. 'Nosso trabalho é ajudar
o influenciador a entender o algoritmo, usamos
ferramentas para mapear o que está dando audiência,
mas ao mesmo tempo incentivá-lo para que ele produza
o conteúdo do jeito dele'

Mariana dá como exemplo uma influenciadora cristã,
que não quis fazer a dancinha do funk que bomba nas
redes por ir contra aos seus valores. 'Mas ela pode
adaptar a melodia para uma mensagem dela. Ô
algoritmo vai entender que ela está usando uma música
que está em alta'

Pesquisa da Nielsen entre fevereiro e março deste ano
revela que, embora populares, especialmente no público
feminino, os influenciadores não são determinantes de
vendas. De acordo com o levantamento, feito com mil
pessoas, 45% das mulheres acompanham sempre
influenciadores, ante 24% dos homens. Mas 58% delas
e 76% deles nunca compraram produtos ou serviços
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