MAGAZINE 305 | (^63)
NÃO PERCA A
COBERTURA
Ninguém contrata seguro espe-
rando um acidente ou incidente,
mas, quando um imprevisto
acontece, não tem nada pior do
que ter sua cobertura negada.
Alguns cuidados são necessários
para evitar transtornos e dores de
cabeça quando tiver de solicitar
alguma cobertura.
Toda seguradora apresenta
um questionário para o proprie-
tário por meio de sua corretora.
Respostas não verdadeiras nesse
questionário são motivos para
que se negue a cobertura.
Quando realiza o seguro da
aeronave, a seguradora se baseia
na experiência dos pilotos decla-
rados no momento da contrata-
ção do seguro. Ou seja, mesmo
que outros pilotos operem a
aeronave, o que se espera é que o
nível de experiência apresentado
no momento da contratação
seja mantido entre os diferentes
tripulantes. Em caso de um inci-
dente envolvendo um piloto com
muito menos horas de voo do
que aquele declarado, o seguro
também pode se negar a pagar
a cobertura. O mesmo vale para
tripulantes com licenças vencidas
ou trabalhando em desacordo
com as normas de segurança, in-
cluindo excesso de horas de voo.
No caso de operações irregu-
lares, como o táxi-aéreo clandes-
tino ou TACA (uma aeronave
privada realizando transporte co-
mercial de passageiros), o seguro
pode, da mesma forma, negar-se
a pagar a cobertura. Essa situação
está acontecendo com as vítimas
do acidente da LaMia, incluindo
grande parte da delegação da
equipe de futebol da Chapecoen-
se. O desastre aconteceu em 2016.
A aeronave estava realizando uma
operação irregular e, por isso, o
seguro não estava válido naquele
voo. Assim, seguradora e ressegu-
radora não possuem obrigação de
pagar a cobertura.
Por fim, quando sua aerona-
ve estiver em uma oficina e um
acidente acontecer, a cobertura
deverá ficar por conta da segura-
dora da oficina, mas é impor-
tante que sua seguradora seja
informada tão logo o episódio
aconteça, para garantir que, no
caso de a cobertura da oficina
ser insuficiente, haja a cobertu-
ra do seu seguro para reparos
adicionais.
antfer
(Antfer)
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