VOCÊ S/A wJANEIRO DE 2019 w 21
“Em uma
companhia
de apenas
8 anos, as
transformações
são rápidas
e existe
abertura para
resolver os
problemas”
cia da operação. Percebi que o mer-
cado de fintechs estava crescendo,
era dinâmico, e resolvi mudar. Foi
quando conheci a iZettle. Em uma
empresa de 8 anos, as transforma-
ções são rápidas e existe abertura
para resolver os problemas, o que me
motiva. Quando eu trabalhava no
banco, não me via fazendo aquilo
para o resto da vida. Hoje, me vejo.
Como lidou com o desafio
de gerir pessoas ao assumir
a presidência no Brasil?
Essa era uma de minhas maiores
preo cupações. Não sei se foi por cau-
sa da cultura corporativa, mas lidar
com pessoas se tornou algo que ali-
menta, e não que suga minha energia.
O clima de proximidade é grande, e
todo mundo sabe a estratégia, então
as coisas fluem. Claro que isso é re-
forçado com diversas ações. Uma
delas é o fato de que novos funcioná-
rios passam uma semana na Suécia,
conhecem a sede, conversam com o
fundador. E, aqui, nos reunimos men-
salmente com o time global por vídeo-
-chamada para alinhar todo mundo.
O mercado financeiro continua
muito masculino. Como é ser
mulher e presidente nesse setor?
No começo da carreira, tinha difi-
culdade para encontrar em quem me
inspirar. Mesmo em Londres, onde
há um maior equilíbrio de gênero,
meus superiores eram homens. Na
iZettle, as duas posições estratégi-
cas, os cargos de CEO e CFO, são
ocupadas por mulheres. Nossos ín-
dices de diversidade são altos: o time
brasileiro é 50% feminino, e temos
17% dos profissionais LGBTs. Quan-
do eu assumi, conversei com cada
um dos 63 funcionários, e todas as
mulheres, e alguns homens, falaram
da importância de ter uma mulher
no comando. Isso faz a diferença.