cês. Isso sem falar que metade das
forças inglesas estava mobilizada
para cuidar da defesa do território.
O que restava era a que poderia ser
mobilizada pelo seu “músculo finan-
ceiro”. Dito de outra maneira, Lon-
dres estava com seus cofres bem
abastecidos pelos negócios gerados
a partir da Revolução Industrial.
Com dinheiro na mão era possível
contratar mercenários austríacos e
russos para lutar ao seu lado.
A verdade é que, em 1815, Napo-
leão já não era o formidável conquis-
tador de pouco tempo antes. No ano
anterior, enfraquecido por uma atra-
palhada e mal planejada invasão da
Rússia, que o obrigou a uma trágica
retirada, o líder francês havia sido
apeado do poder pela coligação de
países que o combatia. Ainda por
cima, territórios anexados pela Fran-
ça, foram retomados. Exilado na Ilha
de Elba, Napoleão foi substituído por
Luís XVIII no trono francês.
Mas, se era odiado pelo resto da
Europa, Napoleão não saíra do cora-
ção dos franceses, principalmente no
dos antigos soldados que comandara.
Assim, após uma ousada fuga de
Elba, desembarcou no sul da França
e foi conquistando a adesão de seus
compatriotas até chegar a Paris, der-
rubar o rei e reassumir o poder.
A notícia de que Napoleão fugira
de Elba alarmou líderes europeus. E
eles tinham razão para se assustar.
O francês montou um novo Exército
para tentar reconquistar os territó-
rios perdidos anteriormente. Em
ataques-surpresa, as forças de Na-
poleão conseguiram momentanea-
mente dividir a coalizão de exércitos
que se unira contra ele. A ação toda
convergia para a cidade de Waterloo.
Lá se encontraria com Arthur Wel-
lesley, muito mais conhecido como
Wellington.
Ao lado, Napoleão
após deixar a Ilha
de Elba e retornar
à França. Abaixo,
a fuga da corte
portuguesa rumo ao
Brasil: reflexo das
guerras napoleônicas
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AVENTURAS NA HISTÓRIA | 23
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