Vingança a Sangue-Frio

(Carla ScalaEjcveS) #1

N


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Patrin


o dia seguinte, os últimos vestígios da neve de dois dias tinham
desaparecido. Na reunião da manhã da Unidade de Assaltos, Ivarsson disse
que se queriam fazer alguns progressos no caso do Executor apenas podiam
esperar que houvesse outro assalto a um banco, mas acrescentou que
infelizmente a previsão de Beate em como o Executor iria voltar a atacar mais
cedo ou mais tarde estava errada. Para surpresa de todos, Beate não pareceu
ofender-se com a crítica indirecta. Encolheu os ombros, e repetiu confiante
que era apenas uma questão de tempo antes do Executor se ir abaixo.


Na mesma noite, um carro-patrulha deslizou pelo parque de estacionamento
em frente do Museu Munch e parou. Saíram quatro homens, dois agentes
uniformizados mais dois homens que à distância pareciam caminhar de mão
dada.


– As minhas desculpas pelas precauções de segurança – disse Harry, a
apontar com a cabeça para as algemas. – Só assim é que consegui autorização
para fazer isto.


Raskol curvou os ombros.
– Acho que está mais irritado que eu por estarmos algemados, Harry.
O grupo atravessou o parque de estacionamento em direcção ao campo de
futebol e às caravanas. Harry fez sinal aos agentes para esperarem no exterior,
enquanto ele e Raskol entravam na caravana mais pequena.


Simon esperava-os no interior. Trouxera uma garrafa de Calvados e três
copos. Harry sacudiu a cabeça, abriu as algemas e rastejou para o sofá.


– É bom voltar? – perguntou Harry.
Raskol não respondeu, e Harry esperou enquanto os olhos negros de Raskol
examinavam a caravana. Harry viu-os deterem-se na fotografia dos dois
irmãos por cima da cama. Pensou detectar um ligeiro estremecimento na boca
suave.


–   Prometi que estaríamos  de  volta   a   Botsen  por volta   da  meia-noite, por isso
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