encontrar com um agente do SVR no restaurante Les Palmiers, em Calvi. O
homem lhe informou que sua missão na Inglaterra tinha terminado e que ela
deveria voltar para a Rússia. Seu retorno deveria parecer um sequestro,
despistando, assim, a inteligência britânica.
— Vocês discutiram — disse Gabriel.
— De forma silenciosa, mas intensa. Eu disse a ele que queria ficar na
Inglaterra e viver o resto da minha vida como Madeline Hart. O agente
falou que isso não seria possível, que, se eu não fizesse exatamente o que ele
tinha ordenado, o sequestro seria real.
— Então você saiu da casa de moto e sofreu um acidente.
— Por sorte, não morri. Ainda tenho as cicatrizes da colisão.
— Quanto tempo você realmente passou nas mãos dos criminosos
franceses?
— Tempo demais — respondeu ela. — Mas a equipe do SVR também
estava junto.
— E quanto à noite em que fui vê-la?
— Todos naquela casa eram do SVR, inclusive a garota que eles
enviaram para contar o dinheiro.
— Você fez uma bela performance naquela noite, Madeline.
— Não foi tudo uma performance. — Ela fez uma pausa. — Eu
queria que você me resgatasse.
— Eu tentei, mas o jogo estava armado contra mim.
— Deve ter sido terrível.
— Especialmente para a garota que eles enfiaram no porta-malas
daquele carro.
Madeline ficou calada.
— Quem era ela? — perguntou Gabriel.
— Alguma garota que arrancaram das ruas de Moscou. Espalharam o
DNA dela no meu apartamento em Londres, e aí... — Sua voz se perdeu.
— Acenderam um fósforo.
A expressão dela ficou sombria. Ela se virou de costas e olhou para a
cidade escura e gélida.
— Não é tão mal aqui, sabe? Me deram um apartamento adorável.
Tem uma boa vista. Posso passar o resto da vida aqui e fingir que estou em
Roma, Veneza ou Paris.
— Ou em Florença.
— Sim, Florença — concordou ela. — Como Lucy e Charlotte nesse
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1