A Marca do Assassino

(Carla ScalaEjcveS) #1

Elizabeth baixou a pala e olhou para o pequeno espelho enquanto se
dirigiam para sul, pela Wisconsin Avenue. O Range Rover preto estava ali, uma
mulher atrás do volante, a falar ao celular.
─ Estamos fugindo de quem? ─ quis saber Max.
─ Se eu te dissesse, não ia acreditar.
─ A esta altura do campeonato, acredito em qualquer coisa.
─ Ela se chama Astrid Vogel e é uma terrorista da Facção do Exército
Vermelho.
─ Deus do Céu!
─ Vire à esquerda e dirija normalmente.
Max virou à esquerda para a M Street. Na 31st Street, o sinal mudou de
verde para amarelo quando ele estava a quinze metros do cruzamento.
─ Vai ─ disse Elizabeth.
Max carregou no acelerador. O Mercedes respondeu, reduzindo uma
mudança e ganhando velocidade rapidamente. Atravessaram o cruzamento ao som
furioso das buzinas. Elizabeth olhou para o espelho e viu que o Range Rover
continuava atrás deles.
─ Merda!
─ O que queres que faça? ─ Continua a andar.
Na 28th Street, Max não teve alternativa a não ser parar num semáforo
vermelho. O Range Rover parou mesmo colado a eles. Elizabeth observou a mulher
pelo espelho da pala e Max fez o mesmo pelo espelho retrovisor. ─ com quem achas
que ela está a falar?
─ Está a conversar com o sócio.
O sócio dela também pertence à Fação do Exército Vermelho?
─ Não, é um antigo assassino do KGB, com o nome de código de Outubro.
O semáforo ficou verde. Max carregou tanto no acelerador que os pneus chiaram
sobre o asfalto.
─ Elizabeth, da próxima vez que me pedires para ir trabalhar na tua casa,
acho que vou recusar, se não te importares.
─ Cala-te e conduz, Max.
─ Para onde?
─ Para a baixa.
Max dirigiu-se para leste na L Street, com o Range Rover sempre a segui-los
como uma sombra. Elizabeth brincava com a pega da pasta. Recordou-se das
palavras de Michael. “Sai do carro e depois aciona o dispositivo. Certifique-se de
que a pasta esteja virada para cima. Ande calmamente. Faça o que fizer, não corra.”

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