13 Coisas que as Pessoas Mentalmente fortes não fazem - Amy Morin - 151 Págs

(EROCHA) #1
Nossas memórias não são tão precisas quanto pensamos. Muitas vezes, quando
nos lembramos de acontecimentos desagradáveis, os exageramos e os transformamos
em catástrofes. Se pensar sobre algo que disse em uma reunião e de que se arrepen-
deu, pode imaginar que as outras pessoas reagiram de um jeito muito mais negativo do
que na verdade o fizeram. Quando se lembrar de memórias ruins, tente estas estratégias
para manter suas experiências em perspectiva:


  • Concentre-se nas lições que aprendeu. Se você superou tempos difíceis, concen-
    tre-se no que aprendeu com a experiência. Aceite o que aconteceu e pense em como
    pode se tornar uma pessoa melhor por causa disso, mas perceba que não tem que ser
    necessariamente algo ruim. Talvez você tenha aprendido a se defender depois de haver
    permitido que o tratassem mal, ou talvez tenha aprendido que precisa ser sincero se qui-
    ser que seus relacionamentos durem. Algumas das melhores lições da vida podem ser
    aprendidas quando avaliamos os tempos difíceis por que passamos.

  • Atenha-se aos fatos, não às emoções. Pensar em acontecimentos negativos pode
    ser muito angustiante, porque é provável que você se concentre em como se sentiu. Mas
    se você se lembrar de um acontecimento examinando os fatos e detalhes da memória,
    sua angústia diminui. Em vez de ficar pensando em como se sentiu quando foi a um fu-
    neral, relembre detalhes como onde você se sentou, o que vestiu e quem estava lá. É
    menos provável que você fique preso a um evento se começar a remover as emoções
    que o cercam.

  • Olhe para a situação de um jeito diferente. Quando for analisar seu passado, des-
    cubra se há outras maneiras de enxergar a mesma situação. Você pode tecer sua pró-
    pria história. O mesmo fato pode ser contado de várias formas e ainda ser verdadeiro. Se
    sua versão atual for perturbadora, veja de que outro jeito pode olhá-la. Gloria, por exem-
    plo, poderia ter lembrado a si mesma de que nem todas as escolhas atuais de sua filha
    estavam relacionadas à sua infância. Deveria ter reconhecido que, embora possa ter
    cometido alguns erros, não era responsável pelas escolhas que sua filha estava fazendo
    agora.


FAÇA AS PAZES COM O PASSADO


Quando James Barrie tinha 6 anos, seu irmão de 13, David, morreu em um acidente de
patinação no gelo. Sua mãe tinha dez filhos no total, mas não era segredo que David era seu
favorito. Depois da morte do jovem, ela ficou tão perturbada que mal conseguia seguir em
frente com a vida.
Assim, aos 6 anos, Barrie fez tudo o que pôde para compensar a tristeza da mãe. Tentou
até assumir o papel de David para ajudar a preencher o vazio que ele deixou. Usava as rou-
pas de David e aprendeu a assobiar do mesmo jeito que ele. Tornou-se companheiro constan-
te dela e devotou toda a sua infância a tentar fazer a mãe sorrir de novo.
Apesar dos esforços de Barrie para deixar sua mãe feliz, ela sempre o advertia sobre as
dificuldades de ser adulto. Disse a ele para nunca crescer, porque adultos eram tomados ape-
nas por tristeza e infelicidade. Chegou a dizer que sentia algum alívio sabendo que David
nunca ia crescer e encarar a realidade de ser adulto.
Barrie resistiu o quanto pôde para agradar sua mãe e se recusava a amadurecer. Ele es-
pecificamente não queria ficar mais velho do que David. Tentou com todas as forças perma-
necer criança. Suas tentativas de continuar sendo um menino até pareceram deter seu cres-
cimento físico, porque ele chegou a pouco mais do que 1,5 metro de altura.

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