Fotografe - Edição 279 (2019-12)

(Antfer) #1
perfeita. Essa, por exemplo, me faz perder
algumas fotos por causa do sistema de foco
automático e do modo macro, que às vezes
são difíceis de usar”, explica.
Como dica aos interessados na área,
Gibson recomenda tirar um pouco os
olhos do monitor e buscar por referências
impressas. Os livros de fotografia são
importantes por trazerem uma edição
coerente. “Você pode julgar um fotógrafo
por seu trabalho, mas também pelos livros
que já publicou. Esse interesse pode ser

estendido à arte em geral, ao cinema e até
à literatura. A mente e os olhos precisam
de estímulos. Por fim, não fique muito
preocupado com regras e definições.
Somente se deixe inspirar pelo trabalho
dos outros”, indica.
Gibson conta que já houve casos de
pessoas que se identificaram com suas
fotos. “Na maioria das vezes, a reação foi
positiva. Gosto de pensar que a minha
fotografia de rua nunca é cruel ou injusta
de maneira alguma”, afirma.

Quem é ele
Com 62 anos, David Gibson é
britânico e vive em Kent, próximo
a Londres, onde realiza a maioria
de suas fotografias de rua. Gibson
começou a se interessar pela
fotografia de rua nos anos 1990.
Além de fotógrafo e membro
fundador do coletivo In-Public,
atua como curador e já escreveu
três livros paradidáticos sobre o
tema, dentre eles o Manual do
Fotógrafo de Rua, publicado no
Brasil pela editora Gustavo Gili.
Site: http://www.gibsonstreet.com /
@davidgibsonstreetphotography.

Rima visual registrada
por David Gibson em
Madri, em 2019

Londres, 2019: uso de
longa exposição para
explorar a abstração

Fotos:


David Gibson


Arquivo pessoal
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