Aero Magazine - Edição 309 (2020-02)

(Antfer) #1
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Durante o táxi, quem está
acostumado com o A319/320
deve prestar atenção ao fato de
que o trem principal está 19,56
metros atrás da posição do piloto


  • um recuo de 4,36 metros em
    relação a um A320 e 5,86 metros
    na comparação com o A319.
    É uma aeronave que exige um
    taxiamento mais cauteloso, espe-
    cialmente em curvas de 90 graus
    em taxiways estreitas e pátios
    congestionados. Após um curto
    movimento de rolagem até o pon-
    to de espera da pista 15, somos
    autorizados a alinhar e decolar.
    Nosso peso de decolagem
    nesta etapa inicial é cinco
    toneladas maior do que o de um
    A320neo com o mesmo payload,
    mas, como os motores possuem
    32.100 libras de empuxo (contra
    26.600 libras do A320), a sobra
    de potência garante uma vigo-
    rosa aceleração até a V1 de 149
    nós. A rotação se dá a 151 nós e
    a V2 é de 152 nós. Após reco-


lhermos flaps e slats a 202 nós,
aceleramos para o limite de 250
nós abaixo do FL100. A subida
inicial fica entre 3.000 e 3.200
pés por minuto. Com nosso peso
seria possível subir direto ao
FL380, apenas mil pés abaixo do
teto máximo da aeronave.
Nivelamos no FL370 em 22
minutos, tendo consumido 2.100
quilos de combustível. Voando
a Mach .77, o consumo fica em
torno de 2.200-2.300 quilos por
hora. Caso haja necessidade
de ir mais rápido, a Mach .79 o
consumo sobe para 2.500-2.600
quilos por hora. Na velocidade
máxima de cruzeiro (Mach .81),
o consumo ficaria entre 2.700-
2.800 quilos por hora.

CRUZEIRO E APROXIMAÇÃO
O silêncio do cockpit se des-
taca. Os novos motores já são
menos barulhentos do que os da
geração anterior e, por estarem
posicionados mais distantes do

cockpit, geram um nível de ruído
inferior ao de um A320. O amplo
espaço interno, os sidesticks,
a mesinha e a ergonomia do
cockpit tornam o ambiente de
trabalho dos pilotos agradável
e reduzem a fadiga, mesmo em
etapas muito longas.
Durante o voo de cruzeiro,
inspeciono as páginas dos siste-
mas na tela inferior do ECAM
e percebo que o consumo está
levemente abaixo do estimado
pelo plano de voo. Juntamente
com proas diretas gentilmente
cedidas pelo controle de tráfego
aéreo (ATC), vamos chegar ao
destino com uma generosa re-
serva de combustível. Recife con-
tinua com excelentes condições
meteorológicas, vento de proa de
seis nós, nuvens esparsas a 2.000
pés, 30°C de temperatura e QNH
de 1.014 hPa.
No peso máximo de pou-
so (MLW) de 79.200 quilos,
nossa velocidade de aproximação

Velocidades máximas
para uso de flaps/slats
melhoraram a margem
de manobra a baixas
altitudes/velocidades
e com altos pesos em
relação ao A321ceo

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