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NO SOLO
Pousamos sem percalços. Com
temperaturas de até 36 graus
Celsius, a pista de 2.470 metros
de comprimento por 33 metros
de largura (com pavimentação
classificada como ACN-PCN
30/F/B/X/T) garante operações
seguras a 97% dos modelos de
aeronaves de negócio disponíveis
no mercado brasileiro, incluin-
do jatos de ultralongo alcance
como os Dassault Falcon 8X, os
Bombardier Global 7500 e 8000
e os Gulfstream G650 – com seus
pesos máximos de decolagem.
O clima local é predominan-
temente bom, porém, no inverno,
nevoeiros podem encobrir a
região, principalmente no período
noturno e ao amanhecer. Durante
o verão, chuvas localizadas ten-
dem a causar transtornos ao voo,
algo comum em qualquer outro
aeroporto das redondezas.
A administração do aero-
porto previu a utilização de
AFIS (serviço de informação de
voo de aeródromo, na sigla em
inglês) para garantir informações
meteorológicas confiáveis aos
pilotos, principalmente quando os
procedimentos de aproximação
por instrumentos estiverem dis-
poníveis (o GEIV da Força Aérea
já realizou voos de testes no local).
Atualmente, toda a coordenação
ocorre na frequência livre e cabe
aos pilotos proverem sua separa-
ção e manter a fonia adequada.
Não há pistas de táxi e reali-
zamos o deslocamento de uma
cabeceira à outra sobre a pista. O
piso de asfalto é muito bem feito e,
por ser novo, não há imperfeições.
Dois amplos pátios sinalizados
seguindo os padrões ICAO, já
com hangares, estão prontos para
a recepção e guarda das aeronaves.
Posiciono a aeronave no ponto
onde o fiscal de pista nos orien-
ta. Ele faz o balizamento até o
ponto de corte do motor. Apesar
de não ter utilizado, noto que a
iluminação é muito eficiente e traz
tranquilidade ao piloto.
No solo, carrinhos elétricos
efetuam o deslocamento de pas-
sageiros e tripulantes entre a sala
de embarque e as aeronaves. Tudo
com muito conforto e agilidade. A
sala de embarque e desembarque é
luxuosa, requintada e proporciona
muito conforto aos passageiros. O
estacionamento de carros é ilumi-
nado e próximo ao terminal.
De fato, trata-se de um aero-
porto com vocação para atender
aos voos da aviação de negócios.
Projetado para proporcionar a
seus clientes as melhores expe-
riências durante seu embarque
e desembarque, oferece salas de
embarque decoradas com muito
requinte e até a tradicional marca
Fasano como fornecedora de ser-
viços de alimentação a bordo.
“O projeto contou com inves-
timentos de aproximadamente 600
milhões de reais e tem capacidade
para 200 mil pousos e decolagens
por ano”, afirma Thiago Alonso de
Oliveira, presidente da JHSF “Os
aeroportos comerciais na cidade
de São Paulo estão próximos à
capacidade operacional, com
slots limitados para aviação de
negócios. Além disso, os aero-
portos regionais têm restrições de
espaço”.
O ACESSO
Por estar localizado em uma
cidade próxima à capital paulista,
o acesso ao aeroporto é feito pela
rodovia Castello Branco, uma
das principais artérias viárias do
estado de São Paulo. Em dias que
coincidem com o início ou o fim
de feriados prolongados, o trân-
sito na rodovia é bastante intenso
e pode ocasionar desconforto aos
passageiros que chegam ou par-
tem do aeroporto, vindos da ca-
pital ou do interior. Desse modo,
o uso de helicópteros passa a
ser uma opção aos que querem
chegar rápido à sua aeronave,
Vista durante
a aproximação
final para o novo
aeroporto em
São Roque