O telurismo se abre de asa sobre os
benquereres; é uma “prece” que abençoa o
caminho, parada oracular que se segue de
“Mulheres enluaradas”, um altar poético a
Clarissa Pinkola Estés, celebrando os “versos
encarnados(que)curaramoshomens/dasede
defogo/dafomede guerra/daloucurada
ambição / do destino sangrento de super-
homens”, tudo em comunhão com a Mãe
NaturezaeoUniverso.Asinadepedranoolhar
de Medusa que acompanha estas “mulheres
enluaradas”fazflorescerbenditosrochedosdas
mãosque (anoi)tecemumnovoeharmonioso
mundo:
MulheresEnluaradas (pág. 31 )
ParaClarissaPinkola
NodiaqueoSolseescondeude
seuprópriofogoecalor
aLuasefezpresenteirradiandodesuas
craterasrefulgenteluzdecristal
Asmulherespuderampassearpelomundo
recobrindooscontinentescom
suasvestesdepeles
oscincocantosdomundoacalentados
porimensacirandademãosmantras
Mulheresbailaramemconluio
comestrelaseLua
Nessedia(anoi)tecido
asmulheresfiaramalgodãoenuvens
teceramquasares,constelações
Bordaramrelevosrochosos,vales
cantaramossonsinaudíveisdospássaros
Pintaramformasevolumes
esculpiram,moldaramespécies
deflora,faunaextintas
Troncosgrossosbrotaram
alastraram-se
bichosínfimos,gigantes
espalharam-sepeloplaneta
(...)
Quandoaauroranasceu
mulhereseLuarecolheram-se
emninhosaconchegantesdecorujasecotovias
Erachegadaahora
infânciaprimeva
omundorenascia
nasbarrasdouradasdodia!