Aventuras na História #235A - 02Dez22_compressed

(lenilson) #1
Marinheiro
brasileiro vigia
comboio: ameaça
de submarinos
alemães

gação Lloyd Brasileiro. Conforme relato do ca-
pitão Lauro Moutinho dos Reis, sobrevivente
do naufrágio, o clima era descontraído, com as
pessoas “tocando pandeiros, batendo palmas e
cantando sambas vindos dos morros cariocas”.
“Eram por volta de 19 horas quando, de súbito,
um tremendo estampido sacudiu violentamen-
te o velho vapor. Foi o início de um grande mar-
tírio”, relembraria posteriormente o oficial.
Ao ser informado dos ataques, o Comando
de Submarinos Alemão deu uma ordem para
Schacht voltar a Pernambuco e manter uma
distância de 30 milhas náuticas da costa brasi-

leira, o que seria suficiente para não atacar a
navegação de cabotagem do país.

DESCONFIANÇA MÚTUA
É com base no estudo da ação e do diário de
guerra do U-507, dos documentos da Marinha
alemã e nos documentos do julgamento de Nu-
remberg que o historiador militar Durval Lou-
renço Pereira constrói a tese central de seu livro
Operação Brasil, o Ataque Alemão Que Mudou
o Curso da Segunda Guerra Mundial: apesar da
ruptura diplomática e do cada vez maior alinha-
mento do Brasil com os Estados Unidos, foi o
ato de Schacht, e não uma ordem direta de Adolf
Hitler, que levou o Brasil à guerra com a Ale-
manha e a Itália em agosto de 1942.
“Durante o maior conf lito mundial, rara-
mente se viu um oficial no posto de Schacht com
tamanho poder de inf luenciar os rumos do con-

“FOI O ATO DE SCHACHT, E NÃO


UMA ORDEM DIRETA DE HITLER,


QUE LEVOU O BRASIL À GUERRA”


BRASIL


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