nando de Noronha. A ação foi assumida pelo
governo brasileiro como tendo sido executada
por um avião daqui. O ataque provocou reação
do Comando de Guerra Naval alemão, que or-
denou a realização de um plano para atacar o
Brasil. Por duas oportunidades, Hitler adiou os
planos da Marinha. Primeiro, pediu informa-
ções aos italianos para que fosse confirmado o
ataque aos seus submarinos. Depois, pediu ao
Ministério das Relações Exteriores que verifi-
casse a sua conveniência. É o que mostram os
documentos da Marinha alemã e o depoimento
do almirante Erich Raeder, então comandante
da Marinha, no Tribunal de Nuremberg.
PEARL HARBOR BRASILEIRO
A ordem para a Operação Brasil – a ação de dez
submarinos que deviam atacar simultaneamen-
te os portos de Natal, Belém, Recife, Salvador e
Rio de Janeiro, destruindo boa parte de nossas
marinhas de Guerra e Mercante – seria o “Pearl
Harbor brasileiro”. A f lotilha chegou a deixar a
França em junho em direção ao Brasil, mas a
operação foi cancelada, segundo documento da
Marinha alemã, por considerações diplomáticas
- temiam que o ataque levasse não só o Brasil à
guerra contra a Alemanha, como também ar-
rastasse os demais países da América do Sul
para o embate.
Durante anos, a ação solitária de Schacht foi
confundida com os planos da Operação Brasil
- inclusive pela história oficial da Marinha
norte-americana. Depois do ataque do lobo
solitário aos navios brasileiros, o clima de des-
confiança entre Brasil e EUA se dissipou. Em
Aeroporto de
Parnamirim, em Natal,
RN, base aérea
norte-americana na
Segunda Guerra
O CLIMA DE DESCONFIANÇA
ENTRE BRASIL E EUA SE DISSIPOU
DEPOIS DO ATAQUE AOS NAVIOS
BRASIL
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