A feroz carreira do U-507, coman-
dado por Harro Schacht, termina-
ria no dia 13 de janeiro de 1943,
uma quarta-feira, a 120 km do
litoral cearense. Às 5 horas da
manhã, o comandante do hidroa-
vião norte-americano Catalina
VP-83/P-10, Loyd Ludwig,
levantou voo de Fortaleza para
dar cobertura a um comboio de
navios na região.
Às 6h47, já a 220 km de Fortale-
za, Ludwig avistou o rastro do
U-507. Uma neblina sobre o mar
escondeu o avião dos tripulantes
alemães. Quando perceberam o
perigo, submergiram rapidamente.
Mas era tarde demais. O coman-
dante lançou as bombas, um total
de 884 kg de TNT. A explosão se
deu embaixo do compartimento de
baterias do U-507.
A partir desse ponto, baseado
em relatos de incidentes seme-
lhantes, Durval Pereira estima,
em seu livro Operação Brasil,
como foi a destruição do
submarino alemão, conforme
descrito ao lado.
MORRER EM
UM SUBMARINO
Com espoletas de retardo, as bombas
explodem debaixo do submarino,
perfurando seu casco
Encoberto pela bruma,
o avião Catalina desce a
12 m de altitude e lança
quatro bombas à frente
do submarino alemão U-507
A 300 m, o casco colapsa. A pressão
esmaga o tórax dos homens, rompe
tímpanos e faz sangrar os seios da face.
Com todos os ocupantes mortos, os
destroços continuam sua descida até o
fundo do mar, a 3 600 m, onde a luz do
sol nunca chega
A 250 m, a pressão faz os rebites
ricochetearem no interior com a força
de tiros. Os tripulantes, desesperados,
tentam controlar o vazamento
A 30 m, o U-507 sai da vista do
Catalina, mas, danificado, perde
potência e não consegue emergir
A 230 m, o casco range e se retorce.
A água, em contato com as baterias,
produz uma nuvem de gás tóxico,
sufocando os ocupantes
INFOGRÁFICO OTÁVIO SILVEIRA
BRASIL
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