Valor Econômico (2020-03-21, 22 e 23)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 14 da edição"23/03/2020 1a CAD A" ---- Impressapor vdsilvaàs 22/03/2020@20:34:


A14|Valor|Sábado,domingoe segunda-feira, 21, 22, 23 de marçode 2020


Especial


Casode sucessoExperiênciadeepidemiasanterioresecomportamentodapopulaçãoforamfundamentais


As lições da Ásia para conter a epidemia


KathrinHillee Edward White
FinancialTimes,de Taipé e Seul

QuandoSu Ih-jenolha para as
estatísticasmaisrecentessobreo
coronavírus,não consegueevitar
umapontade orgulho.Com só
108 casosconfirmados euma
morte,Taiwanconseguiuevitara
grandeepidemiaque paralisoua
vizinhaChina.Àparte amaioria
das pessoas estarem usando
máscaras no transporte público,
avidaaliseguecomosempre.
A experiência é um grande con-
trasteemrelaçãoa2003,quandoo
professor Su, à época diretordo
Centro de Controle de Doenças de
Taiwan, esteve à frente da batalha
para conter a síndrome respirató-
ria aguda grave (sars), que teve um
efeitodevastadornaeconomia.
O climaem Taiwan também di-
fere drasticamente da sensação de
pânico econfusãoque se abateu
sobreaEuropa eos EstadosUni-
dos, ondea chegadada pandemia
foiumasurpresaparamuitos.
“A situaçãoem outrospaíses
agoralembraa que tivemosaqui
durante as primeirassemanasda
propagaçãoda sars em Taiwan
no começode 2003”,diz opro-
fessorSu.“Vocênãoestáprepara-
do,vocênãotemexperiência.”
Aboa notícia paraosgovernos
ocidentais queagora lutampara
responderà pandemiaé que as
medidas que Taiwaneoutrospaí-
ses asiáticos implementaram ao
longodosúltimostrêsmesespare-
cem ter desacelerado eaté mesmo
amortecidooimpactodadoença.
As restrições iniciais às viagens,
arealização intensivade testes e
mapeamento dos contatos, além
de regras rígidas de quarentena,
foramcruciais. Saúde públicauni-
versal,gestõesclarasparaarespos-
tadasaúdepúblicaecomunicação
preventiva para mobilizar apopu-
laçãotambémajudaram.
Essas políticas lograram conter
ovírusemTaiwaneCingapuraere-
duzirou desacelerar o contágio na
CoreiadoSul,HongKongeJapão.
Embora a Organização Mundial
da Saúde (OMS)tenhasugerido
queoutrospaísesaprendamcoma
China, que aentidadevemelo-
giandopor“talvezomaisambicio-
so, ágil e agressivo esforço de con-
tençãodeumadoençadahistória”,
alguns especialistas em saúde
acreditamque democracias asiáti-
cas como Taiwan e Coreiado Sul
podemser modelos melhores de
gestão da epidemiapara os países
ocidentais, dadaa natureza dife-
rentedosistemapolíticochinês.
“Umdosfatoresmaisimportan-
tesnosucessodenossarespostaéa
transparência”, diz Chang Shan-
chwen,especialistaemdoençasin-
fecciosas e da comissão consultiva
de especialistas do CentrodeCo-
mando Epidêmico, que cuida da
resposta à epidemiaem Taiwan.
“No sistemaautocráticoda China,
todo cidadão ficará em casa quan-
doreceberordensparaisso.Masis-
soéalgoquenãopodeserfácilnos
paíseslivresedemocráticos.”
Amá notíciapara governos oci-
dentais é que um componente vi-
tal da resposta asiática não pode
ser copiado.Aestratégiada região
foi moldada por lembranças trau-
máticas de epidemiasrecentes —
especialmenteasars—oq uesigni-
fica queos governosestavammais
bem preparados para reagir rápi-
da e energicamenteeaspopula-
ções,maisdispostasacooperar.
LeighanneYuh, especialista em
história ecultura da Coreiana Ko-
rea University,diz que aexperiên-
cia com a sars e outras epidemias
recentes, além da observação da
rapidez da propagação do corona-

vírusna China, instilou uma “sen-
saçãodeurgência”eadesãoa“nor-
massociais”emtodoopaís.
“ComoaCoreiadoSuljáenfren-
tou essetipo de epidemia,sabe
que medidas tomar e quantoas i-
tuaçãoé perigosa”, diz.“Se compa-
rarmos com os EUA,que não foi
expostoaessetipodecoisa,aome-
nos não recentemente, a resposta
delestemsidobemdiferente.”
ParaaCoreiadoSul,opaísasiá-
tico que mais sofreucom ocoro-
navírusdepoisda China,testaro
maior número possível de pes-
soastem sido um pilar da estraté-
giadecombateaocoronavírus.
Nos locais de teste em que se
podeentrar de carro,pessoal ves-
tindo macacãode proteção bran-
cos é visto se inclinando para den-
tro doscarros paracoletar amos-
tras de fluidos do motorista edos
passageiros. Oresultado dos tes-
tes sai em questão de horas e aju-
da a reduzir as aglomerações e ex-
posição ao contágioem hospitais.
Aindamaisonipresentes são os
alertas nas telas dos smartphones,
atualizando apopulação sobre
novoscasos de contágioem suas
áreas, alémdas duastransmissões
diáriaspelas autoridadesde saú-
de com a atualização dos esforços
de contenção da epidemia. Ofoco
na comunicação aberta, junta-
mente com um sistema online pa-
ra rastrear as pessoas que foram
infectadas, vêm ajudando a limi-
tar a disseminação do vírus.
A estratégia parece estar funcio-
nando. A Coreia do Sul foi sacudi-
da no fim de fevereiro, depois que
uma sériede casosligadosàseita
Igreja de Jesus Shincheonji, o que
fezonúmerodeinfecçõesdisparar
demenosde50paramaisde5.
em apenas dezdias. Agora, depois
de 270 mil testes e incontáveis
alertas ecoletivas de imprensa, o
número de novos casos diários

15.

10.

5.

2.

1.

500

200

100

Fonte:Análisedo FT combasenos númerosda JohnsHpkinsUniversitye CSSE.Dadosaté 13 de março

Trajetóriado ritmode contágioda covid-
Númerode casos acumuladospor númerode diasa partir do 100º caso

Aumentodiáriode 33%

0510 15 20 25

Númerode diasdesdeo 100º caso

Coreiado Sul:velocidade
da propagaçãodiminuiuem
relaçãoao ritmoinicial

Japão:há dúvidasse o ritmo
de propagaçãodiminuiuou se
não há testessuficientes

Cingapura:regrasrígidasde quarentenae mapeamentode contatos

HongKong:fechamentodas escolase
quarentena,comforterespostada comunidade

Irã Itália

Espanha

França

Suíça

ReinoUnido
Bélgica

Alemanha

Noruega

Holanda
Suécia

Aústria

EUA

Fonte:FT *Só incluemtestesfeitosforade hospitais**Semdadosdisponíveisparao númerototalde testesrealizadosaté
10/03;1.000testesrealizadosdiariamente

Coreiado Sul realizamaistestes
Númerosacumuladosaté 10 de março

Testes
Por milhãode pessoas

País Casos
Por milhãode pessoas

Coreia do Sul

Itália

Suíça

Alemanha*

Holanda
Áustria

Suécia

Espanha

ReinoUnido

HongKong

Bélgica

Malásia
Japão

EUA

França**
00 1.000 2.000 3.000 4.000 50 100 150

Cingapura consegue atravessar crise com duas mortes


StefaniaPalma
FinancialTimes

Apesar de serum dos primeiros
paísesaserematingidospelocoro-
navírusdepois da China, Cingapu-
ra registrouduasmortes. Ambas
ocorreramnofimdesemana.
A cidade-Estado de 5,5 milhões
de habitantestem 455 casoscon-

firmados, metade deles já total-
menterecuperados.Trezeconti-
nuam em condições críticas em
UTIs, e 121 pacientes encontram-
seemprocessodemelhora.
Especialistas dizem que o fato
de amaioria dos infectadosterem
menosde 65 anos ajuda a explicar
obaixonúmerodemortes.Asduas
morteslevaramogovernoaproi-

IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


caiu de maisde 900, na fase de pi-
co, para98 ontem, com um total
de8.897pessoasinfectadas.
O país ainda não está fora de pe-
rigo —cem casos descobertosnum
call centerem Seul na semanare-
trasada fizeramas autoridadester-
meremum novo surto. Mas o su-
cessoobtidoaté agoramostraque
liçõesdurasforamaprendidascom
a síndromerespiratóriapor coro-
navírusdo Oriente Médio(mers),
que infectou185 pessoas,matou
38ecausoupânicoem2015.
Em junhodaqueleano,uma co-
missão da OMScriticou Seul por
umasériedefalhascríticas,comoa
faltade conscientizaçãosobre oví-
rusentreostrabalhadoresdosetor
de saúde eapopulaçãoem geral,
além de medidas fracas de contro-
le de infecções nos hospitais, além
de pacientes infectadosque não
erammantidosisolados.
Jegal Dong-wook, professorde
medicina laboratorial no St Mary
Hospital, da Universidade Católi-
ca da Coreia do Sul, diz que desde
então muitos hospitais foram
equipadoscom unidades de con-
trole de infecções esalas para iso-
lar pacientes infectados. As dire-
trizes do país para doenças infec-
ciosastambém foramreformula-
das, aconselhandoas pessoas com
sintomas respiratóriosa visitar
primeiro um centro especializado
de triagem, em vez de hospitais.
O surto da mersexpôs ainda a
falta de kits de testes adequados, o
que deixou os hospitais com difi-
culdades para lidar comonúmero
crescentedecasossuspeitos.
Hong Ki-ho, da Sociedade Co-
reana para aMedicina Laborato-
rial,dizqueonovosistemaregula-
tório foi implementado para agili-
zar as aprovações de novos kits de
testes desenvolvidos,quando o
país enfrenta situações de emer-
gênciacomosurtosinfecciosos.

“Umadas empresas que conhe-
ço levou duas semanas do ponto
de aplicação ao seu uso de fato
[duranteaepidemia de coronavi-
rus]. Esse desenvolvimento de kits
de testee seu uso no coronavírus
foi possível graçasàadoçãodesse
novo sistemaemergencial de
aprovaçãodeuso”, dizHong.
ForaosseguidoresdaseitaShin-
cheonji, que responderem por
maisda metade dos casosna Co-
reia do Sul, aadesão da população
às medidas protetivas, como ouso
de máscaras, desinfetantes de
mãosealimitação doscontatos
entre as pessoas, tem sido quase
total,deixando poucanecessidade
defiscalizaçãorígidadogoverno.
Uma população pronta para
cumprir os controles rígidos tam-
bém tem sido um fator-chave para
o Japão na contençãodo vírus.A
conduta do governo na quarente-
na fracassada no navio de cruzeiro
DiamondPrincessesuapolíticade
testar um númerorelativamente
pequenode pessoas foram dura-
mente criticadas.Mas especialistas
afirmam quenormassociais e cul-
turais que impõem a autodiscipli-
na eaobediência às orientações
oficiaissãoumdosmotivosdeoJa-
pão ter conseguido até agora limi-
taronúmerodeinfecções.
“Há uma normasocialque diz
que você não deve causarproble-
masparaoutraspessoas”, explica
KazutoSuzuki, especialistaem
políticainternacionalda Univer-
sidadedeHokkaido.“Sevocênão
se cuidae fica doente,isso está
causando problemaspara outras
pessoas.” A epidemiade corona-
víruslevouaousorigorosodede-
sinfetantesde mão,en ão usar
máscaranumtremdespertauma
desaprovaçãoimediata.
A obsessãodo Japãocom o uso
demáscaraséanterioraocovid-19.
As vendasexplodiram durante o
surto de gripe suína H1N1, em
2009.Avendademáscarasparafa-
mílias deverá alcançar 35 bilhões
de ienes(US$330 milhões) este
ano,superando opico de 34 bi-
lhõesdeienes de 2009,segundo a
empresadepesquisasFujiKeizai.
OgovernodeHongKongtemsi-
do um dos mais proativos. A cida-
de suspendeuas aulas, fechou a
maiorpartedas repartições públi-
cas e orientou os moradores a evi-
taremaglomeraçõesquandoonú-
merode casos confirmadosdo co-
ronavírusestavaabaixode20.
HongKong recorreu a um “su-
percomputador”dapolícia, nor-
malmenteusadoparainvestigar
crimescomplexos, pararastrear
potenciais grandesdisseminado-
resepontosdecontágionacidade,
apósoseuempregobem-sucedido
durante a epidemiade sars. As au-
toridades de saúdetambém atua-
lizam regularmenteum mapaque
mostra em que prédios vivem os
pacientesdocovid-19ouondeeles

estiverampelaúltimavez.
Os moradores vêm seguindo ri-
gidamente as recomendações dos
especialistaspara lavar as mãos
frequentemente e usar máscaras,
já que as lembranças da epidemia
desars,quecustouquase300vidas
nacidade,aindaestãovivas.
Mas em nenhumoutrolugaras
liçõesda sarsfizeram tanta dife-
rençaquanto em Taiwan, onde 73
pessoas morreramda doença. De-
vidoao isolamento da ilha das en-
tidades internacionais, imposto
pelaChina, Taiwan teve de se virar
emgrandepartesozinha.
Depoisque a epidemiadesars
perdeuforça,oprofessorSu–que
àépocaeraodiretordoCentrode
Controle de Doençasde Taiwan
(CDC) —passouvários mesesnos
EUA estudando seus procedi-
mentos e retornouno começo de
2004para reformular todo osis-
temadesaúdepúblicadeTaiwan.
Taiwanreforçou suacapacidade
acrescentando dezenas de médi-
cos aos quadros do Centro de Con-
trolede Doençasemais de mil sa-
las de isolamento em hospitais e
laboratórios de doençasinfeccio-
sasquepodemrealizartestes.
“Antes, somenteoCDCtinhais-
so, mas,durante umaepidemia,
eles não dão conta. Portanto,ao
contratarlaboratórios de centros
médicos, podemos agoratestar
2.400pessoas por dia e ampliar fa-
cilmenteessacapacidade,simples-
mente acrescentandopessoal”, diz
oprofessor Su. Taiwan criouainda
um sistema de logística comesto-
quesde itens básicos—como 40
milhõesdemáscarascirúrgicas.
Mas omaior efeitofoi na políti-
ca, numum país onde ela costu-
ma sertão polarizada como nos
EUA.Depois de brigas frequentes
emal-entendidos entreogoverno
central e os locais durante a epi-
demiadasars, oprofessor Su de-
senvolveu umaestrutura de ge-
renciamento única: especialistas
em doençasinfecciosas nos cen-
tros médicos de toda a ilha são su-
bordinados aum organismocha-
madoComando Central Epidêmi-
co,que funciona apartir do CDC.
A autoridadedo presidente desse
órgãode especialistaséequiva-
lente à dosministros do governo.
Médicos e funcionários do gover-
no dizemque a estrutura ajuda a
superar a divergências políticas e
garante uma resposta rápida.
Pormeiodeumareformalegis-
lativa ampla, Taiwan criouuma
baselegal paralimitar as liberda-
des civis no caso de umaepide-
miaepermitirmultasparaosque
violemasregrasdequarentena.
Todas essas reformasforam tes-
tadas durante a epidemia da gripe
H1N1,em2009.“Issonospermitiu
identificar coisas que não funcio-
navam,e muitas alterações foram
feitasdesdeentão”,dizChang.
Aepidemiaatualpôsosistemaà

provanos maismínimos detalhes
—prova que até agora Taiwanpa-
rece ter superado. Embora tenha
relações mais próximas com a Chi-
na do que quasequalquer outro
país, com maisde 1 milhãode ci-
dadãos que moramou trabalham
lá e com maisde 2,7 milhõesde
chineses que visitarama ilha no
ano passado, Taiwanagoraocupa
apenaso 50
o
lugarem termos do
número de casosconfirmadosde
coronavírusemtodoomundo.
Seu governo foi alertadacedo
sobrea epidemiaem Wuhan. No
fim de dezembro,asautoridades
de saúdecomeçaramafazero
controledos passageiros de voos
quechegavamdacidadechinesa,
antesde permitirseu desembar-
que. Em 23 de janeiro—quando
o isolamentoemWuhan come-
çou —Taipé suspendeutodosos
voosde e paraacidade,proibiu
osresidentesdeWuhandeentrar
no país eimpôsum monitora-
mentodiáriode saúdepara pes-
soas com sintomasde problemas
respiratóriosque tinhamchega-
dodequalquerlugardaChina.
Em 26 de janeiro,Taiwanse
tornouo primeiropaís a impedir
a entradade praticamentetodos
oscidadãoschineses.
Os departamentosde imigra-
ção ede seguros de saúdeconec-
taram seusbancosde dados, o
que permitiu ao governo localizar
pessoas com maiorrisco de infec-
ção.Àmedida que mais informa-
ções foramdisponibilizadas sobre
as formas de transmissãoeospe-
ríodos de incubação,ogoverno
reforçouas exigências de quaren-
tena.Também amplioumais asua
redede testes de coronavírusem
pacientes com doenças respirató-
rias que tinham resultado negati-
vo para influenza—uma iniciati-
va que revelou as primeiras trans-
missões locais de Taiwaneajudou
adetê-las antes que elas se disse-
minassempela comunidade.
Especialistas internacionais
elogiaramessa reação. “Taiwané
um exemplode comouma socie-
dade pode responder rapida-
mentea umacrisee protegeros
interessesdeseuscidadãos”,con-
cluiuum grupode acadêmicos
nosEUAemumartigopublicado
noiníciodestemês.
Mas os governos ocidentais não
parecem ter prestado muita aten-
ção. “Talvezhaja alguns especialis-
tasemsaúdenaexpectativadeque
possamosajudá-loscomostestes”,
dizChang.“Mas,noquedizrespei-
to à gestão da saúde pública, nin-
guémentrou em contatoconosco
embuscadeaconselhamento.”
Colaboraram Kana Inagaki,
emTóquio,StefaniaPalma,em
Cingapura, Kang Buseong,em
Seul,eAliceWoodhouseeNicolle
Liu,emHongKong(Traduçãode
MárioZamariane Lilian
Carmona)

bir aentrada de visitantesetraba-
lhadoresestrangeiros.
“Quando o sistemade saúde é
pressionado alémde seu pontode
ruptura, como aconteceu na Itália,
o número de mortes cresce”, diz
Dale Fisher, professor de doenças
infecciosasdaUniversidadeNacio-
nal de Cingapura. “Isso não é má-
gica. Só estamos pegandoos casos,

analisando-os bem. Felizmente
muitos são jovens e temos unida-
desdeterapiaintensivaboas.”
Ooi Eng Eong, vice-diretor do
programa de doenças infecciosas
emergentes da Duke-National
University of SingaporeMedical
School, acrescenta: “Comotodos
os que precisam de um respirador
ou outro equipamento médico de

apoio vêm tendo acesso a eles, não
estamossobrecarregados.”
Amensagemclara do governo é
algo que, segundo analistas, EUA e
Europapoderiam aprender com
Cingapura. Puniçõesparaquem
nãocumprireregras rígidas aju-
daramalimitarocontágio.
Aestratégia foiinfluenciadape-
la epidemiado sars em 2003, que

matou 33 na ilha. Os preparativos
foramintensificadoslogo que co-
meçaramachegarinformaçõesso-
bre Wuhan—incluindoaumentar
capacidadeparatestesemmassa.
A maioriados paísesdesenvol-
vidostem tecnologiapara desen-
volvertestes,diz Fisher. “A dife-
rençaé que fomos
láefizemos.”

Voluntários jogamdesinfetanteem mercadoem Guryongpo, na Coreia do Sul

SEONGJOONCHO/BLOOMBERG

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