Vimlmlc Humana 109
iioNso amigo sentiu-se impulsionado, pelo senso do dever, a
Ir visitar os enfermos; a compaixão o movia a agir assim, e
pn.hc foi um forte motivo que se lhe apresentou à mente. Por
nutro lado, seu bom senso fê-lo lembrar que ele mesmo estava
longe de sentir-se bem, que necessitava urgentemente de um
bom descanso e que, se visitasse os enfermos naquele estado,
provavelmente pioraria, ficando impedido de pregar o
evangelho naquela noite. Outrossim, sabia que, no dia
seguinte, permitindo-o Deus, poderia visitar os enfermos e,
sendo assim, concluiu que deveria descansar naquela tarde.
Dois grupos de alternativas se apresentaram a nosso irmão:
de um lado, seu senso de dever mais a sua própria simpatia;
de outro lado, o reconhecimento de sua própria necessidade
mais a preocupação pela glória de Deus, pois sentia que devia
pregar o evangelho naquela noite. A última alternativa foi
que prevaleceu. Considerações espirituais sobrepujaram o
senso de dever. Tomada a decisão, a vontade agiu nesse
sentido, e ele foi descansar. Uma análise deste caso evidencia
que a mente, a capacidade de raciocinar, foram dirigidas por
considerações espirituais; e, a mente, por sua vez, regulou e
controlou a vontade. Por isso dizemos que, se a vontade é
controlada, ela não é soberana nem livre, sendo apenas uma
serva da mente.
Freqüentemente ensina-se que a vontade governa o
homem; mas a Palavra de Deus afirma que o coração é o
centro dominante do ser. Muitos trechos bíblicos poderiam
ser citados em abono deste fato. “Sobre tudo o que se deve
guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes
da vida” (Pv 4.23). “Porque de dentro, do coração dos
homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição,
os furtos, os homicídios, os adultérios” (Mc 7.21). Aqui,
nosso Senhor traça esses atos pecaminosos até sua fonte
original e declara que remontam ao “coração” e não à vontade!
E lê-se, também: “Este povo honra-me com os lábios, mas o
seu coração está longe de mim” (Mt 15.8). Se fosse necessá
rio apresentar mais provas, poderíamos chamar a atenção para