O Estado de São Paulo (2020-03-28)

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SEGURANÇA


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Publicação da S/A O Estado de S.Paulo
Conteúdo produzido pelo Media Lab com seleção
de reportagens publicadas pelo Jornal do Carro

Imprudência de motociclistas


preocupa a sociedade


Estudo revela que não usar o capacete é o comportamento perigoso mais percebido pelas pessoas


Por Daniela Saragiotto


S


e, por um lado, as motos permitem


chegada mais rápida aos destinos


desejados, por outro há o receio


de que seus condutores extrapolem os


limites e cometam infrações de trânsito


que resultem em multas e acidentes.


Essa percepção foi identificada no


levantamento realizado pelo Grupo Tec-


nowise, especializado em soluções para


o trânsito, com base em monitoramento


recente de mil relatos no Twitter de mo-


tociclistas e da sociedade em relação ao


comportamento deles no trânsito.


A imprudência aparece como o fator


mais preocupante, de acordo com a pes-


quisa, com 20% das citações totais (veja


outros motivos à esquerda).


AVALIAÇÃO DOS ESPECIALISTAS


De acordo com José Montal, diretor da


Associação Brasileira de Medicina de


Tráfego (Abramet), alguns comporta-


mentos dos motociclistas podem ser


entendidos como atos de afirmação


dentro da categoria. “Mas essa não é


Foto: Getty Images


De acordo com outro estudo, bati-


zado de Desvendando a GIG Economy


e realizado pela Younder, empresa que


desenvolve treinamentos para a área de


mobilidade, 44,7% dos motoristas que


trabalham com aplicativos ou com en-


tregas em motos ou bicicletas afi rmam


não ter recebido nenhum tipo de treina-


mento para prestar esses serviços.


Não usar capacete é o comportamento do motociclista mais criticado pela sociedade


a única motivação. Há diversas outras,


como pressão por entregas no caso


dos motociclistas que atuam profis-


sionalmente e atos de imprudência de


maneira geral”, diz.


Segundo Roberta Torres, especialista


em segurança no trânsito, parte desses


comportamentos perigosos tem relação


com o excesso de confi ança dos moto-


ciclistas. “Por ser um meio de transporte


rápido, muitos condutores confundem


agilidade com excesso de velocidade.


Quanto mais os limites são extrapola-


dos sem danos, maior é a sensação de


que tudo está sob controle. Esse tipo de


conduta põe em risco a vida de muitas


pessoas no trânsito”, analisa.


FALTA CAPACITAÇÃO ADEQUADA


O excesso de confi ança não é o único


fator, segundo Torres. “Muitos des-


ses condutores têm suas motocicletas


como fonte de renda e começam cedo


a atuar como profi ssionais de entrega.


E o primeiro problema surge quando


eles vão à autoescola somente para


obter a habilitação”, diz ela.


O próprio processo de habilitação no


Brasil é visto como preocupante pela es-


pecialista de trânsito. “Ele é defasado e


não oferece o treinamento adequado para


enfrentar as adversidades cotidianas”, diz.


O cenário ideal, segundo ela, “seria o de-


senvolvimento de ações durante todo o


ano, com uso da tecnologia como facili-


tadora na conscientização”, fi naliza Torres.


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Para saber


como dirigir


com mais


segurança,


leia a


reportagem


à direita


Comportamentos


citados:


Falta de uso


do capacete


30%


Empinar a moto


18%


Excesso de


velocidade


10,8%


Embriaguez


10,8%


Condições


inadequadas


da moto


6%


São Paulo,


28 de março


de 2020


2


APRESENTADO POR

Veículos elétricos


ganham espaço na


gestão de rodovias


Modelo movido a bateria já vem sendo utilizado


nas inspeções da concessionária CCR ViaOeste


A utilização de veículos elétri-


cos para reduzir a emissão de ga-


ses poluentes na atmosfera é uma


tendência crescente em todo o


mundo – e que deve ganhar força


nos próximos anos por conta de


legislações mais restritivas em


relação aos combustíveis fósseis.


A adoção da nova tecnologia


exige o desenvolvimento de todo


um ecossistema. Isso inclui desde


questões práticas de infraestrutu-


ra, como a instalação de estações


de recarga, até a disseminação de


informações e conhecimentos.


Foi com o objetivo principal


de ganhar experiência que a CCR


ViaOeste, concessionária que


administra o sistema Castello-Ra-


poso, em São Paulo, introduziu há


um ano e meio na frota de veículos


de inspeção das rodovias um mo-


delo 100% elétrico, o BYD T3.


Percorrendo cerca de 10 mil


km por mês, o utilitário, tipo


furgão, confirma a viabilidade


do uso dessa tecnologia para as


operações rodoviárias. “Embora


o investimento inicial seja maior


Este material é produzido pelo Media Lab Estadão com patrocínio da CCR.


Embora o


investimento


inicial seja maior


em relação às


picapes a diesel,


o custo


operacional


compensa”


Carlos Costa,
gerente de Operações da CCR ViaOeste

CCR S.A.


ACESSE:


GrupoCCROficial


GrupoCCROficial


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em mobilidade.
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em relação às picapes a diesel, o


custo operacional compensa”,


conta Carlos Costa, gerente de


Operações da CCR ViaOeste.


Além do combustível que dei-


xa de ser utilizado, bem mais caro


que a energia elétrica na compa-


ração por km rodado, o modelo


não requer o mesmo nível de ma-


nutenção de um veículo a com-


bustão, explica Costa.


Com capacidade de aceleração


rápida em saídas do acostamento


A oferta e as vendas de veí-


culos elétricos estão em expan-


são ao redor do mundo. No ano


passado, os mercados da União


Europeia absorveram 91 mil


automóveis movidos puramente


por bateria, salto de 76,5% sobre


as vendas de 2018.


No Brasil, de acordo com da-


dos da Associação Nacional dos


Fabricantes de Veículos Auto-


motores (Anfavea), as vendas no


ano passado foram de 11,8 mil


veículos elétricos ou híbridos/


elétricos, 0,4% do total de au-


tomóveis e veículos comerciais


leves comercializados no País.


Alternativa para o futuro


Divulgação CCR ViaOeste


Uma hora na tomada assegura pelo menos 250 km de autonomia


para a pista, uma das necessidades


da operação na rodovia, o modelo


tem autonomia para rodar entre


250 km e 300 km, dependendo


do regime de uso e do tráfego –


mais do que suficiente para ope-


rações baseadas em rotas curtas.


Uma hora na tomada de alta


tensão é suficiente para carregar


completamente o veículo.


Peculiaridades da expe-


riência com o modelo elétrico


têm sido compartilhadas pela


CCR ViaOeste com as demais


concessionárias do grupo. Um


exemplo é a solução para o caso


de o veículo sofrer uma pane


e precisar ser rebocado, pois,


nessa situação, há o bloqueio


das rodas. Desenvolveu-se uma


espécie de patim, que permite


mover o carro sem danos. Além


disso, segundo Costa, as equi-


pes de resgate foram treinadas


para saber como proceder fren-


te a um acidente. “Com o car-


ro elétrico, os protocolos são


diferentes devido aos riscos de


choques”, lembra o gerente.


O desempenho representou um


crescimento de 200% em relação


às 3,9 mil unidades entregues no


ano anterior.


Esses números tendem a cres-


cer gradualmente ao longo da dé-


cada, considerando-se o horizon-


te de provável restrição de venda


de veículos movidos a combus-


tíveis fósseis. A Comissão de


Constituição e Justiça do Senado


aprovou, no início de fevereiro,


projeto de Lei que não permitirá


venda de veículos novos com mo-


tores a gasolina ou diesel a partir


de 1º de janeiro de 2030. A pro-


posta segue em tramitação.

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