-De como você consegue deixar as coisas ao seu favor, mesmo que ele tenha
agarrado o seu colarinho, prestes a soquear o seu rosto, você conseguiu
terminar isso, como se fosse você a partir para a agressão.
-Ele precisava ouvir, ninguém melhor do que eu para dizer. -Falou acelerando
ainda mais em uma estrada de 140, encaro a vista que vai se decorrendo de
forma rápida, eu olho para ele depois de um tempo. -Aonde vamos?
-Á aproximadamente 5 horas atrás você me convidou para sair.
-Ahh, mas parece que é você me levando para sair. -Volto o olhar para a
janela, a imagem desenrola de forma rápida a cada segundo, a cada curto
espaço de tempo, ele estaciona em uma trilha com árvores já às 18 horas.
Desço, o frio percorre o meu corpo meu cabelo voa a cada segundo que
vamos andando, entramos na floresta e eu segurei sua mão por instinto, as
folhas de plantas batendo em nosso rostos, até eu ver o lago calmo e
sombrio, o som áspero de insetos noturnos, eu estremeço ao som do
morcego, e ele se senta no final da ponte de madeira, seus pés pousam na
água e eu encosto. -E se vir alguém, e nos jogar daqui.
-Não virá!
-E se vir?.-Repeti
-Você sabe nadar e eu também. -Respondeu e eu me sentei com um pouco
de dificuldade, para a saia não subir e deslizei meus pés para baixo. -Quem
te garante que eu sei?. -Arqueei a sobrancelha e ele acendeu a sua lanterna.
-É que...-Você sempre vem aqui?
-Sim.
-Não é justo.
-O que foi?
-Fui eu que te convidei, eu deveria escolher o lugar. -Murmuro.
-Talvez você possa me mostrar algum dia Chicago.
-Sério?. -Perguntei com um sorriso na ponta dos lábios. -Você iria comigo em
Chicago?
Ele se cala e olha para o céu e eu tiro os meus pés e pousou na madeira, me
endireito e pouso minha cabeça em seu colo olho para cima, para ele. -Você
ainda não respondeu.
-Sim eu iria. -Eu sorriu passo meu dedo em seu braço. -Fique longe. -
Sussurrei lendo a tatuagem em seu braço. -O que isso significa?