-Acho que é meio lógico. -E eu dou uma risada. -Não quero respostas lógicas.
-Retruquei
-Okay que tal. -E eu seguro a sua mão e uno ambas, vendo que a sua tem o
dobro da minha, bem cuidadas, seus dedos completamente compridos,
firmes, esses que já estiveram dentro de mim intercalo pousando sobre a
minha barriga. -Significa que...tudo de que eu não preciso, não deve ficar
perto.
-Viu?... não foi tão difícil.
-Porquê você não tem tatuagens?. -E eu olho para sua mão que tem uma lua
no dedo médio ergo o olhar para ele. -Porquê a pergunta?
-Viu?, você tem também um problema, responder uma pergunta com outra. -E
eu desvio o olhar dele sentindo as maçãs de meu rosto se avermelharem,
solto a sua mão. -Eu sei, sempre soube não conseguiria imaginar você com
alguma tatuagem, mas eu quero saber o real motivo. -Tapo a luz da lanterna
que brilhava em meu rosto.
-Mais um movimento e eu te jogo.
-Você vai junto. -Sua mão desliza o cabelo de meu rosto para longe de meus
olhos e eu pisco inúmeras vezes, com seu toque profundo e gelado. -Tenho
medo de agulhas, nunca achei-as interessante o suficiente para tê-las em
meu corpo.
-Me pergunto quantas coisas tens medo.
-Quer que eu enumere?
-Estou ouvindo.
-Medo de floresta escura e de sentar perto de lagos.
-Que estranho soa-me familiar.
-Impressão. -Franzo a sobrancelha sorrindo coloco uma expressão de
repulsa.
-Mais...fale mais.
Seguro a sua mão outra vez uno a minha, encaro as nossas mãos unidas. -
Medo de bonecas, medo da cor verde, med..-Hã?
E eu sorriu e respiro fundo. -E acima de tudo medo de pescoço.
-Como assim?
-A parte de trás do meu pescoço, tenho medo que algo toque e não pare,