A mulher que aprecia obras de arte conhece bem as conexões que ocorrem entre a visão, o cérebro
e as emoções. Ao observar uma pintura ou escultura, a percepção de diversas propriedades como cor,
forma, tamanho e movimento são processadas por diferentes células do sistema visual. Saber como
funcionam e de que são compostas, não apenas em seres humanos, é seu interesse.
Psicóloga formada na Universidade de São Paulo (USP), fez mestrado e doutorado em Psicologia
Experimental na Columbia University, em Nova York, nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, pôde
realizar suas pesquisas no Laboratório de Psicofisiologia Sensorial, no Instituto de Psicologia da USP,
montado e dirigido por ela.
Nascida e moradora da capital paulista, a cientista é referência em Neurociência da Visão.
Professora titular e sênior do Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia
da USP, onde também atuou como vice-diretora, recebeu a grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito
Científico. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências, presidiu a Sociedade Brasileira de
Neurociências e Comportamento e a Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FESBE).
Por meio da visão e das ondas cerebrais, entre as paredes do museu, a pesquisadora assiste à ciência
atuando em favor da sensibilidade. Magnífico pulsar, admirável arte.
Dora Selma Fix Ventura