matias

(Zelinux#) #1
passa pelo melhor historiador) chama Cícero autor de
fábulas; Diodoro trata de fabulistas aos escritores, que
lhe precederam, e a êle mesmo trata da mesma sorte
Vives. Os Comentários de César não são mais
acreditados: Pólio-Asínio os têm por pouco
verdadeiros, e Vóssio faz lembrado um escritor, que
pretende mostrar com provas invencíveis, que César
nunca passou os Alpes; e que tudo quanto diz da
guerra dos francos, é falso.

Os historiadores, não sòmente são opostos entre (146) si,
mas cada um a si mesmo muitas vêzes é contrário. Procópio,
na sua história, dá louvores imensos ao imperador Justiniano, e
à imperatriz Teodora, sua mulher, a Belisário, e a Antonina; e
nos seus Anecdotos os critica excessivamente. Os mármores, e
bronzes, não servem na história de provas infalíveis : os
monumentos mais antigos têm dado ocasião aos mais
celebrados erros: as primeiras conjecturas, (bem ou mal
fundadas) adquirindo com o tempo a autoridade da história,
foram passando à posteridade como coisa certas: temos
exemplo na memorável inscrição posta no arco do triunfo de
Tito, a qual dizia, que antes daquele imperador ninguém tinha
tomado, nem empreendido o sitiar Jerusalém, sendo que (sem
recorrer à história sagrada, que ainda então poderia ser menos
bem sabida dos romanos) aquela cidade foi uma das
conquistas de Pompeu, donde procedeu o chamar-lhe Cícero, o
seu Jerosolimário. Acresce a isto, que os mais notáveis
acontecimentos são os que as histórias mais variam, e em que
os autores concordam menos. Quantos pareceres têm havido
sôbre a guerra de Tróia? Uns querem que ela fôsse verdadeira,
ou-

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