REVISTA VOX - 7ª Edição

(VOX) #1

assessoria jurídica da FAI em 2007, co-
nhecia os problemas de ordem pública
que a Instituição enfrentava, sobretudo
a partir de documentos gerados por
órgãos fiscalizadores, especialmente
pelo Tribunal de Contas do Estado.
“Cheguei na FAI sabendo o que tinha
que ser feito, neste aspecto”, revela.
Porém, foi um período de muitas
dificuldades, sobretudo internas. “Não
foi fácil, pois em muitos momentos
fui mal interpretada, as pessoas que
perderam cargos, funções e outras van-
tagens, indiscutivelmente irregulares,
achavam que eu era responsável por
essas perdas”, recorda.
A resistência, na época, era entre
aqueles que não queriam entender
sobre a impessoalidade na gestão
pública, a exigência de Lei para criação
de cargos, funções, remunerações ou
qualquer outro benefício na área públi-
ca, a prática republicana de prestação
de contas, e as regras do concurso
público, que decorrem da Constituição
Federal. “Para muitos foi mais fácil
dizer: a culpa é da Butarelo”, lembra.
“Nunca quis prejudicar ninguém ou
desmerecer as conquistas de um ou
outro Diretor. Naquele momento, a FAI
tinha que ser organizada conforme
determina a Lei, eu fui escolhida para
a missão”, completa.
Esse desafio árduo também teve
apoio do diretor geral da FAI, da Pre-
feitura, de vereadores, de outras au-
toridades e, especialmente, de vários
servidores da própria Autarquia. “Eu
tenho convicção de que as medidas
adotadas foram absolutamente neces-
sárias para dar estabilidade para a FAI
avançar. Hoje, os resultados dos ajustes
são públicos”, comemora.
Apenas o tempo explica certas situ-
ações. “Costumo dizer que no período
do meu trabalho no Departamento
Jurídico da FAI, de 2007 até os dias
atuais, tudo tem ocorrido no tempo
certo, a coragem e a paciência do Rol-
dão Simione, no momento dos ajustes,
a coragem e o vigor do Márcio Cardim
após a reorganização”, contextualiza.
Todo esse conjunto de experiências
permite extrair o tom de trabalho de
Fernanda Butarelo, tanto na área aca-
dêmica quanto na direção do Depar-
tamento Jurídico da Instituição: “Estar
pronta para enfrentar as demandas
e, com coragem e firmeza, aprender


coisas novas, ouvindo as pessoas e
tirando as minhas próprias conclusões
sobre o que devo ou não devo fazer no
meu trabalho”, define. “Aprendi que
devemos ser democráticos, respei-
tando os espaços de todos, mas nunca
devemos transigir com os valores fun-
damentais que acreditamos”, continua.
No cotidiano do Departamento
Jurídico da FAI, Fernanda dirige uma
equipe de trabalho enxuta e eficiente,
onde respeita o ritmo e a autonomia
de cada um. “Diferente do que muitos
pensam, não gosto de “dar ordens”,
mas observo com rigor o respeito aos
valores básicos estabelecidos, bem
como os resultados atingidos”, relata.
No que se refere à assessoria ao
Diretor Geral, uma das atribuições do
Diretor do Departamento Jurídico é
defender os interesses da Instituição.
“Não tenho problemas em falar “não
pode” para qualquer um, inclusive
para o Diretor Geral, quando entendo
que uma decisão é contrária ao or-
denamento jurídico vigente”, destaca
Fernanda.

Realização profissional e a
grandeza da FAI

Para ela, a FAI é sinônimo de rea-
lização profissional, e se diz honrada
em compor seu quadro, diante de
uma missão institucional que define
como digna, em permitir o acesso ao
ensino superior e a oportunidade de
uma melhor colocação no mercado
de trabalho para milhares de pessoas,
sobretudo em uma região repleta de
desafios como a Alta Paulista.
Fernanda se vê gratificada quando
encontra ex alunos ou os seus pais, e
esses relatam o quanto a FAI foi im-
portante para a colocação no mercado
de trabalho. “Apesar da problemática
envolvendo a qualidade da educação
brasileira, a qual evidentemente tam-
bém afeta a FAI, tenho certeza da nobre
missão desempenhada por esta Insti-
tuição de Ensino Superior, seja como
professora, seja como advogada, seja
como cidadã”.
Para Fernanda, a FAI é grande em
todos os sentidos, inclusive de oportu-
nidades e perspectivas. “Tem espaço
para muita gente, de diferentes áreas,
com diferentes habilidades. Tem espa-
ço para inúmeros projetos de ensino,
pesquisa e extensão”.
Ela espera que a Instituição seja

Fernanda com os


filhos Maria


Fernanda e João


Pedro e o marido


Cacá Haddad.

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