assim tratada. “Ideias pequenas que
minimizam a força da Instituição e
prejudicam que ela siga o seu caminho
institucional devem ser rechaçadas.
Ações que violentem a vocação da
Instituição devem ser combatidas.
É assim que ela deve ser conduzida,
abrindo espaços, buscando projetos
novos, firmando parcerias novas, mas
respeitando a finalidade, a força e a
grandeza da Instituição”, continua.
Para seguir esse caminho, Fernanda
defende a autonomia da Instituição.
“Espero que a autonomia da FAI per-
maneça reverenciada, pois é o centro
de sua potência e eficácia. Enquanto
for minha incumbência participar
dessa luta, terei uma posição ativa”,
completa.
Em família
Sobre os valores mais representati-
vos, herdados de seus pais, e presentes
em sua personalidade, Fernanda cita,
primeiramente, o exemplo de sua mãe,
Regina Butarelo, educadora da rede
estadual paulista, que se destacou
pelo empenho contínuo no ofício de
ensinar. Dela, herdou qualidades como
disciplina e compromisso, valores que
agora carrega em sua atuação como
docente na FAI.
Com o seu pai, Osmar Butarelo,
Fernanda destaca que aprendeu a ter
coragem para enfrentar as situações
profissionais mais diversas, e nunca
abrir mão da própria integridade. “De
ambos, são muitos os ensinamentos e
valores positivos que influenciaram a
minha formação”.
Fernanda sabe demarcar os am-
bientes de trabalho e da sua vida pes-
soal, e preserva os hábitos familiares.
“Em casa sempre foi assim, trabalho
é trabalho, casa é casa”, diz. “Na vida
pessoal, sou mais sensível, permissiva
e descontraída. Adoro me divertir em
família”, revela.
Nessa rotina, e conseguindo de-
marcar esses territórios, considera
desafiador acompanhar o crescimento
dos dois filhos, Maria Fernanda (21) e
João Pedro (20).
Para ela, esse é um grande desafio
que as famílias enfrentam: trabalhar
e estar presente na vida dos filhos, o
que para ela, tem sido perfeitamente
possível. “No meu caso, os meus
filhos sempre foram motivação para
a luta profissional”, disse. “Eu sempre
me preocupei em representar para
eles a segurança que os meus pais
representam para mim. Hoje eles são
adultos, entendem o meu trabalho e
sei que reconhecem a minha trajetória
profissional”.
Sobre esse cotidiano de três turnos,
Fernanda se recorda de momentos
marcantes em sua vida. “Eu me lembro
de estudar, para dar aulas ou para o
mestrado, com eles brincando embai-
xo da mesa. Eu ia para o computador
cuidar de processos judiciais como
advogada, com eles brincando ao meu
redor”, diz. “Apesar dos compromissos
profissionais, sempre gostei de ter os
meus filhos perto de mim. Claro que
tive pessoas que me ajudaram, pois
desde que comecei a trabalhar são três
turnos diários de atividade profissional
intensa”, completa.
Outro ponto de apoio e motivação
tem sido seu marido Cacá Haddad, pro-
fessor universitário e empresário, em
uma convivência de nove anos, mar-
cada por aprendizado mútuo. “Acredito
que a nossa vida afetiva é nutrida por
afinidades no que se refere à música,
à viagem e à gastronomia. Sabemos
que a nossa relação é intensa, pois
somos profissionais da área de huma-
nas, professores e efervescentes nas
questões filosóficas e políticas, pelas
quais dialogamos constantemente”,
relata Fernanda.
De um tempo pra cá o lado empre-
endedor de Cacá – certamente herda-
do do seu pai, o empresário José Maria
Haddad – foi deflagrado, o que tem
despertado Fernanda a novos desafios.
“O Cacá tem me mostrado algumas
habilidades que posso desenvolver
na área da iniciativa privada, abrindo
algumas perspectivas para o futuro
profissional”, finaliza.
“Na vida pessoal,
sou mais sensível,
permissiva e descon-
traída. Adoro me
divertir em família”,
revela Fernanda.