POR LUIS GABATELLI === === FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI
Aos 18 anos, Domingos Rocetão precisou decidir se continuaria
trabalhando no sítio com a família ou se investiria na carreira
esportiva. A escolha mudou a direção de sua vida e hoje, aos 42 anos,
ele colhe os resultados de sua decisão.
tendendo ao con-
vite de um profes-
sor de educação
física, Domingos
Carmo Rocetão,
42, mudou seu
destino aos 18
anos, ao largar o
sítio onde morava para ser corredor
de rua. Não precisou de muito tempo
para o jovem escolher se continuaria
trabalhando para a família ou se de-
dicaria sua vida ao esporte.
No início, nos anos 80, o sitiante
do bairro Tupãzinho, em Adamantina,
dividia seu tempo entre o trabalho
rural e a escola. Filho mais velho em
uma família de oito irmãos, Domin-
gos era “ruim de bola”, como ele
mesmo confessa, e sua única opção
de lazer na época era pescar e caçar.
Incentivado pelo professor, Pedro
Perosa Milanese, atual Secretário Mu-
nicipal de Esportes de Adamantina,
Domingos participou de uma seletiva
A
em sua escola e em sua primeira
corrida de rua, o jovem inexperiente
conquistou o terceiro lugar. “A partir
daquele momento me apaixonei pelo
esporte e meu professor afirmou que
eu era um corredor de resistência”,
revela Domingos.
Num período de apenas sete me-
ses, o atleta conseguiu títulos impor-
tantes e a partir daquele momento
precisava tomar uma decisão sobre
seu futuro. Na época, a resposta veio
rapidamente: “Me apaixonei pelo es-
porte e disse para os meus pais que
por bem ou por mal estava saindo
de casa”.
Formação
A sorte de Domingos é que o seu
trabalho estava sendo observado por
outros treinadores e um grande salto
em sua carreira viria em seguida. Em
1990, o medalhista olímpico Jaime
Neto, treinador no Centro de Excelên-
cia de Presidente Prudente, convidou